Pequim - O Japão rejeitou fortemente o pedido da China para que o país se desculpe por deter um capitão de um navio pesqueiro chinês após uma colisão com barcos da guarda costeira japonesa perto de ilhas, cuja posse é reivindicada pelos dois países.
As autoridades japonesas libertaram o capitão Zhang Zixiong, de 41 anos, na manhã de ontem (pelo horário local), e ele foi enviado para sua casa, em Fuzhou, na província de Fujian, em um voo charter.
O canal de tevê estatal chinês China Central Television mostrou Zhan sorrindo e fazendo com seus dedos um sinal de vitória quando ele desceu do avião.
Ele foi recebido por membros da sua família com flores e um pequeno grupo de funcionários do governo. Mas as esperanças de que sua libertação poderia aliviar as tensões crescentes entre os dois países foram frustradas quando a China prontamente exigiu um pedido de desculpas e uma indenização do Japão.
"É ilegal e inválido que o Japão prenda, investigue ou tome qualquer tipo de medida judicial contra os pescadores chineses", afirmou o Ministério de Relações Exteriores da China, em comunicado. "O Japão precisa se desculpar e compensar por esse incidente."
O Ministério de Relações Exteriores do Japão afirmou, por sua vez, que as exigências chinesas eram infundadas e "não poderiam ser absolutamente aceitas". A prisão do capitão e a investigação foram "uma resposta calma e apropriada de acordo com nossas leis nacionais", destacou o ministério japonês em comunicado.
O vai e vem diplomático de ontem demonstrou que os sentimentos nacionalistas despertados pelo incidente mostram poucos sinais de dissipação.
Zhan foi preso em 8 de setembro depois que seu pesqueiro colidiu com dois barcos da guarda costeira japonesa perto de ilhas no Mar da China Oriental, controladas pelo Japão, mas reivindicadas também por China e Taiwan. Acredita-se que na área das ilhas existam reservas de petróleo.
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