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Magnata da mídia pró-democracia, Jimmy Lai foi preso nesta segunda-feira (10)| Foto: Anthony WALLACE/AFP

Jimmy Lai, o editor do popular jornal pró-democracia de Hong Kong, Apple Daily, foi preso nesta segunda-feira (horário local) por suspeita de "conluio estrangeiro" sob a nova lei de segurança nacional que Pequim impôs à cidade em resposta a um ano de agitação pró-democracia, de acordo com o executivo sênior da editora de Lai Mark Simon, que não foi preso porque não está na cidade.

A polícia entrou na casa de Lai e o informou de que ele estava sendo preso sob suspeita de violação de segurança nacional, entre outras, disse Simon. Seus dois filhos e quatro executivos da empresa dona do tabloide foram detidos, segundo o South China Morning Post. Dois ativistas pró-democracia, Wilson Li e Andy Li, também estão presos. Logo após as prisões, mais de 200 policiais vasculharam a sede do jornal.

Polícia isola área onde fica o escritório da Next Digital, empresa dona do jornal Apple Daily | Foto: ISAAC LAWRENCE/AFP
Polícia isola área onde fica o escritório da Next Digital, empresa dona do jornal Apple Daily | Foto: ISAAC LAWRENCE/AFP| AFP

A prisão do barão da mídia de Hong Kong, de 70 anos, é de longe a mais significativa segundo a nova lei de segurança nacional. Lai é uma figura importante na vida de Hong Kong, cujo jornal foi um espinho para a liderança pró-Pequim da cidade durante os meses de massivos protestos pacíficos e violentos confrontos com a polícia que abalaram Hong Kong no ano passado.

Lai também fez várias viagens a Washington DC para se encontrar com autoridades norte-americanas, incluindo o vice-presidente Mike Pence, atividade que agora provavelmente violaria os estatutos de conluio estrangeiro da lei de segurança, embora a lei não seja retroativa.

Críticos da lei de segurança nacional, incluindo Lai, a consideraram a sentença de morte para o status semiautônomo e os tribunais independentes que permitem que Hong Kong prospere como uma capital financeira internacional. Os EUA responderam à lei com várias sanções, incluindo punir pessoalmente a líder da cidade, Carrie Lam, apoiada por Pequim, e outras autoridades.

A polícia de Hong Kong disse em um comunicado que sete pessoas foram presas por suspeita de violação da lei de segurança nacional, mas não revelou os nomes dos presos.

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