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O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, presidem sessão conjunta do Congresso para certificar o resultado da votação do Colégio Eleitoral, 6 de janeiro
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, presidem sessão conjunta do Congresso para certificar o resultado da votação do Colégio Eleitoral, após congresso ter sido invadido, 6 de janeiro| Foto: Erin Schaff / POOL / AFP

O Congresso americano confirmou a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial, na madrugada desta quinta-feira (7), após um dia de caos em que uma multidão pró-Trump invadiu o Capitólio, obrigando os parlamentares a suspender a sessão de contagem dos votos do Colégio Eleitoral. Quatro pessoas morreram e 52 foram presas durante o tumulto, segundo a polícia.

O presidente Donald Trump se comprometeu a respeitar a transição no dia 20 de janeiro. "Embora eu discorde totalmente do resultado da eleição, e os fatos me apoiem, ainda assim haverá uma transição ordeira no dia 20 de janeiro", disse Trump no comunicado, destacando que a ação do Congresso representa "o fim do maior primeiro mandato presidencial da história".

A nota foi publicada no Twitter pelo diretor de mídias sociais da Casa Branca, já que Trump teve sua conta no site temporariamente bloqueada.

A vitória de Biden foi certificada pouco antes de 4 horas (6 horas em Brasília), em sessão conjunta do Congresso presidida pelo vice-presidente, Mike Pence, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. A sessão, que normalmente é um evento simbólico que encerra o processo eleitoral, ficou suspensa por horas depois que a multidão invadiu o edifício e todos os parlamentares tiveram que ser evacuados.

Os atos promovidos pelos vândalos foram condenados por autoridades de diferentes campos ideológicos.

O congresso validou os 306 votos do Colégio Eleitoral dados a Joe Biden e os 232 dados a Trump. O mínimo para ser eleito presidente dos Estados Unidos é 270.

Após a retomada do trabalho legislativo, os parlamentares enfrentaram uma sessão que durou mais de sete horas, devido ao debate sobre duas objeções ao resultado das eleições nos estados de Arizona e Pensilvânia, apresentadas por aliados de Trump.

O votos do Arizona foram contestados ainda antes da sessão ser suspensa. O Senado decidiu rejeitar o objeção por 93 a 6 votos, e a Câmara rejeitou a objeção por 303 a 121. Os resultados da Pensilvânia foram contestados durante a noite, mas a objeção foi rejeitada no Senado por 92 a 7, e na Câmara por 282 a 138.

Dia termina com quatro mortes

O dia de protestos violentos terminou com quatro mortes, segundo a polícia. Uma mulher, ainda não identificada, morreu após ter sido atingida por um tiro no interior do Capitólio. O chefe da polícia da capital americana, Robert Contee, relatou à imprensa que três outras pessoas morreram por emergências médicas durante o tumulto.

"Uma mulher adulta e dois homens adultos parecem ter sofrido com emergências médicas isoladas, que resultaram em suas mortes. Toda perda de vida no Distrito é trágica e nossos pensamentos estão com qualquer pessoa impactada por essas perdas", afirmou Contee em entrevista coletiva na noite de quarta-feira.

Capelão faz oração ao fim do dia violento

Ao final da sessão, o capelão do Senado, Barry Black, fez uma oração em que condenou a "profanação" do Capitólio e lembrou aos parlamentares que suas palavras e ações têm peso.

"Deploramos a profanação do Capitólio dos Estados Unidos, o derramamento de sangue inocente, a perda de vidas e o atoleiro de disfunções que ameaçam nossa democracia", disse ele.

"Essas tragédias nos lembraram que as palavras são importantes e que o poder da vida e da morte está na língua. Fomos advertidos de que a vigilância eterna continua sendo o preço da liberdade", continuou.

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