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Barack Obama e John McCain, candidatos à Presidência dos EUA, transformaram-no no mais conhecido dono de uma pequena empresa do país, mas Joe, o encanador, não parece disposto a retribuir o favor apoiando qualquer um deles.

Um dia depois de ter surgido como a improvável estrela do debate presidencial de quarta-feira à noite, Joe Wurzelbacher, de Holland (Ohio), não quis declarar em quem votará nas eleições de 4 de novembro.

"Essa é uma decisão pessoal. E eu e o botão que eu apertar vamos conhecer a resposta", disse o encanador, 34, ao programa "Good Morning America", do canal ABC.

Wurzelbacher viu-se sob os holofotes na semana passada, quando, em um evento de campanha, indagou Obama sobre seu projeto para a área fiscal. A pergunta rendeu-lhe um convite para participar de um programa de entrevistas do canal Fox News e um outro para comparecer a um comício de McCain.

O encanador afirmou, porém, que a repentina atenção recebida não havia se traduzido em uma melhoria dos seus negócios.

"Espero que eu tenha bastante serviço hoje. Ontem eu trabalhei no rompimento de um cano de água de um posto de gasolina e é por isso que não concedi entrevistas. Eu estava enlameado e todo molhado", afirmou.

Obama e McCain invocaram Wurzelbacher várias vezes em seu último debate, evento no qual tentaram conquistar o apoio do norte-americano médio. McCain, do Partido Republicano, disse que o projeto do adversário sobre elevar impostos para os que ganham mais de 250 mil dólares por ano prejudicaria os proprietários de pequenos negócios como o encanador.

Obama, do Partido Democrata, disse que ofereceria melhores condições a Wurzelbacher para oferecer seguro saúde a seus funcionários.

O encanador afirmou à ABC não estar "nem mesmo perto" de ganhar 250 mil dólares por ano, mas que se preocupava com a possibilidade de Obama aumentar os impostos para os que faturavam menos do que isso.

Em uma entrevista por vídeo concedida ao jornal Toledo Blade após o debate, Wurzelbacher descreveu-se como um homem de poucos bens.

"Vejam a minha casa. Eu não tenho muitos sinos e peças de decoração. Minha caminhonete é de alguns anos atrás e eu pretendo ficar com ela por mais dez anos, provavelmente. De forma que não vejo como ele (Obama) poderá me ajudar."

O encanador afirmou não ter ficado impressionado com as facilidades oferecidas pelo democrata quanto à concessão de seguro saúde, descrevendo essa medida como "mais um passo rumo ao socialismo".

Wurzelbacher disse, de outro lado, ter gostado da atuação de McCain. "McCain apresentou alguns pontos de vista sólidos, e eu fiquei satisfeito com isso", afirmou.

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