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Parentes de vítimas na frente da Igreja Metodista Episcopal Africana, na Carolina do Sul. | Brian Snyder /Reuters
Parentes de vítimas na frente da Igreja Metodista Episcopal Africana, na Carolina do Sul.| Foto: Brian Snyder /Reuters

Um jovem de 21 anos matou nove pessoas na noite de quarta-feira na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em uma comunidade negra na cidade de Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul. Dylann Storm Roof, 21 anos, teria rezado por uma hora até se levantar durante a cerimônia e gritar que estava no local “para matar pessoas negras”.

Roof (que usou uma arma dada a ele de presente pelo pai para cometer o crime) foi preso ontem na cidade de Shelby, no estado vizinho da Carolina do Norte. Ele estava armado e foi detido em um controle de tráfego. Segundo o legislador estadual Larry Grooms, além do atirador, havia 12 pessoas na igreja no momento do ataque. Dos três sobreviventes, um ficou ferido. Morreram seis mulheres e três homens, entre eles o pastor da igreja, Clementa Pinckney, que era senador pelo Partido Democrata.

Crime racial

“Dizer que nossos pensamentos e preces estão com eles [as vítimas], suas famílias e comunidades não é o suficiente para expressar a mágoa, a tristeza e a raiva que sentimos.”

Barack Obama,presidente dos EUA.

As autoridades afirmam que o ataque motivado por ódio racial. Em seu perfil no Facebook, Roof havia publicado uma foto em que aparece usando uma jaqueta com a bandeira do apartheid sul-africano e a bandeira da Rodésia (atual Zimbábue), antiga colônia britânica na África governada por uma minoria branca.

Sylvia Johnson, prima do pastor morto, disse à emissora NBC que conseguiu falar com um dos sobreviventes. “Vocês estupraram nossas mulheres e estão tomando nosso país”, teria dito Roof às vítimas, de acordo com o relato do sobrevivente a Sylvia.

Roof: fã de apartheid e Rodésia.Reprodução / Facebook

“Essa pessoa horrível, esse terrível ser humano que foi a um local de culto onde gente rezava e os matou, está agora sob custódia policial”, afirmou o prefeito de Charleston, Joseph Riley, em entrevista coletiva realizada nessa cidade.

A igreja foi fundada em 1816, quando negros que faziam parte da Igreja Metodista Episcopal de Charleston formaram sua própria congregação após desentendimentos internos.

Racismo e armas

O presidente Barack Obama lembrou que não é a primeira vez que um templo frequentado por negros é atacado no país. “O ataque à igreja levanta questões sobre uma parte sombria de nossa história”, disse. “Dizer que nossos pensamentos e orações estão com eles e suas famílias e sua comunidade não é dizer o bastante diante da angústia e tristeza e raiva que sentimos”.

Após as mortes de 2012 em uma escola de Newtown, no estado de Connecticut, Obama lançou uma campanha pelo controle das armas, mas seus esforços em grande parte fracassaram no Congresso.

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