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Refugiados sul-sudaneses em abrigo da ONU em Juba | Goran Tomasevic/Reuters
Refugiados sul-sudaneses em abrigo da ONU em Juba| Foto: Goran Tomasevic/Reuters

500 pessoas morreram nos últimos dias nos conflitos que tomaram de assalto o Sudão do Sul. O Observatório dos Direitos Humanos denunciou ontem que soldados sul-sudaneses abriram fogo contra integrantes da etnia Nuer, minoritária no país.

Uma multidão de jovens invadiu ontem a sede da missão de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) em Jonglei, estado mais populoso do Sudão do Sul. A invasão ocorreu em um momento no qual jovens da etnia Nuer perseguiam civis que buscaram refúgio na missão da ONU.

"É possível que haja vítimas, mas não sabemos quem nem quantas seriam elas", declarou o subsecretário de imprensa da ONU, Farhan Haq. Segundo ele, milhares de pessoas têm buscado refúgio em escritórios da ONU e pedido proteção da entidade em meio a um cenário cada vez mais claro de conflito étnico no país africano.

Rebeldes

Os militares insurgentes do Sudão do Sul conseguiram dominar a cidade de Bor, capital do estado de Jonglei, palco desde quarta-feira de combates entre o exército e dissidentes, disseram nesta quinta-feira as autoridades do país na televisão local.

O ministro da Informação, Micheal Makuei, declarou em entrevista coletiva que as forças governamentais perderam o controle da cidade e que os enfrentamentos entre os grupos continuam.

Localizada a cerca de 150 km ao norte de Juba, Bor foi a primeira área em que a revolta se alastrou desde seu início no domingo passado na capital sul-sudanesa.

Os rebeldes são liderados em Jonglei pelo poderoso general Peter Gadet, que já enfrentou no passado o regime do presidente Salva Kiir.

Makuei explicou que as operações militares continuam ao redor de duas zonas militares de Bor, mas não pôde oferecer um número de vítimas.

Há temores de que uma escalada de violência étnica aconteça na cidade, que em 1991 foi palco de confrontos intensos entre as tribos Lou Nuer e Dinka que terminaram com mais de mil mortos, a maioria Dinka.

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