Washington - Os Estados Unidos avaliaram ontem que o Irã deu um "passo atrás" nos esforços para sair de seu isolamento ao nomear como ministro da Defesa Ahmad Vahidi, procurado por seu eventual envolvimento num atentado na Argentina, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley. "Em vez de seguir adiante" e abrir-se à comunidade internacional, o Irã "dá um passo atrás escolhendo para um cargo importante" um homem suspeito de uma ação criminosa, acrescentou.
O novo ministro iraniano da Defesa, Ahmad Vahidi, cuja candidatura foi aprovada pelo Parlamento ontem, é procurado pela Interpol desde 2007 por suposto envolvimento no atentado contra a organização judaica AMIA em 1994 em Buenos Aires, que deixou 85 mortos. Dos 21 ministros que solicitaram a confiança do Parlamento, o general Vahidi foi o mais votado (227 de 286). Sua designação havia sido saudada no Parlamento com gritos de "Morte a Israel". "É uma bofetada decisiva" ao Estado hebreu, comentou o novo ministro à AFP após a votação dos deputados.
Líderes da comunidade judaica argentina, a segunda maior da América depois da dos Estados Unidos, denunciaram imediatamente a aprovação da candidatura de Vahidi. A nomeação "é mais uma provocação", criticou Julio Schlosser, secretário-geral da Associação Mutual Israelita Argentina.
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