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Homens armados não identificados retiraram um juiz que é membro do movimento islâmico Hamas de um táxi e o mataram a tiros nesta quarta-feira, na frente do tribunal onde ele trabalhava em Gaza, aumentando os temores de uma guerra civil palestina.

Dirigentes da facção Hamas, que está no governo, disseram que Bassam al-Fara, 28, era juiz em uma corte civil, mas também membro do braço armado do grupo.

Testemunhas que não quiseram ser identificadas disseram à Reuters que os homens armados tomaram café-da-manhã em um restaurante perto do local da morte, na cidade de Khan Younis, enquanto esperavam pela chegada de Fara. Eles dispararam à queima-roupa depois de tirá-lo do carro.

A tensão e a violência vêm crescendo em Gaza e na Cisjordânia ocupada entre o Hamas e a facção rival Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, depois do fracasso para a formação de um governo de união nacional.

A crise palestina aumentou nesta semana, quando três filhos pequenos de um dos principais assessores de inteligência de Abbas foram mortos em Gaza , na segunda-feira.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela morte do juiz. O Hamas, que acusa a Fatah de tentar derrubar seu governo, emitiu um comunicado atribuindo o ocorrido a um "esquadrão da morte'' da Fatah.

- Os membros da Fatah que querem um golpe têm a responsabilidade por todas as ações de caos que estão acontecendo nas ruas palestinas - disse à Reuters o deputado do Hamas Mushir Al-Masri.

Tawfiq Abu Khoussa, porta-voz da Fatah, criticou o Hamas por culpar a facção do presidente Abbas, que já dominou o governo palestino.

- Os irmãos no Hamas devem ser corretos e não jogar acusações rápidas antes de um investigação, que ainda não começou - disse.

Moradores disseram que a família Fara é um dos maiores clãs em Khan Younis, uma das cidades mais voláteis em Gaza.

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