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Madri – A Promotoria da Audiência Nacional pedirá penas que superam os 270 mil anos de prisão para os 29 processados pelos atentados de 11 de março de 2004 em Madri. Eles são apontados como autores de 191 assassinatos e 1.824 tentativas de assassinato. Na ata de acusação, que será apresentada hoje à Sala Penal da Audiência Nacional, a promotora Olga Sánchez afirma que três dos réus – Rabei Osman El Sayed, "O Egípcio", sentenciado ontem na Itália; Youssef Belhadj e Hassan El Haski – foram os autores intelectuais do ataque, assim como um dos sete suicidas de Leganés (Madri), Serhane Ben Abdelmajid, "O Tunisiano". Abdelmajid é considerado "o chefe ideólogo da célula" que cometeu o massacre na manhã de 11 de março de 2004. A promotora afirma também que foram 12 os autores materiais dos atentados nos trens: três dos réus – Jamal Zougam, Abdelmajid Bouchar e Basel Ghalyoun; os sete suicidas de Leganés – "O Tunisiano"; Jamal Ahmidan, "O Chinês"; Allekema Lamari, Rifaat Anouar, Abdennabi Kounjaa e os irmãos Mohammed e Rachid Oulad Akcha – e os foragidos Daoud Ouhnane e Mohammed Afalah. Suspeita-se, no entanto, que Afalah tenha morrido em um ato suicida no Iraque.

Para comprovar a autoria material de Zougam, Bouchar e Ghalyoun, Olga Sánchez assegura que os três foram identificados por passageiros dos trens, apesar de o juiz instrutor do sumário, Juan del Olmo, ter explicado no auto de processamento que as testemunhas só reconheceram Lamari e Zougam. Segundo a promotora, pode-se atribuir a autoria material dos ataques aos 12 porque foram encontradas digitais e mostras de DNA de três dos suicidas e dos dois foragidos no veículo no qual as bombas foram transportadas.

A promotora também considera o espanhol José Emilio Suárez Trashorras um colaborador do grupo por ter sido a pessoa que entregou a Jamal Ahmidan quase 200 quilos do explosivo Goma-2 ECO, com pleno conhecimento de que seriam empregados na execução de ações terroristas "de grande envergadura".

Sánchez explica na ata de acusação que a idéia de cometer o atentado surgiu após as detenções dos membros da célula espanhola da Al Qaeda, em novembro de 2001.

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