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Túmulo do ditador Francisco Franco, da Espanha, em San Lorenzo del Escorial, perto de Madri, no Vale dos Caídos
Túmulo do ditador Francisco Franco, da Espanha, em San Lorenzo del Escorial, perto de Madri, no Vale dos Caídos| Foto: OSCAR DEL POZO/AFP

A Suprema Corte da Espanha decidiu, nesta terça-feira (4), suspender a retirada dos restos mortais do ditador Francisco Franco de um mausoléu nos arredores de Madri, planejada para 10 de junho.

Segundo o jornal espanhol El País, cinco magistrados aprovaram por unanimidade o pedido da família de Franco para suspender preventivamente a exumação, enquanto não há uma sentença definitiva sobre o assunto.

A exumação é uma promessa feita pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, quando assumiu o cargo em junho do ano passado. Após a decisão, o governo espanhol disse em um comunicado que aguardará a sentença, mas que "a suspensão preventiva não indica nada sobre o mérito do caso". "De fato, o governo está convencido de que a Suprema Corte vai rejeitar este apelo, como fez até agora com todos os recursos levantados pela família Franco".

O corpo do ditador foi enterrado em 1976, em uma basílica situada em uma encosta de uma montanha perto da cidade de San Lorenzo del Escorial,a 58 quilômetros de Madri, sob uma cruz de pedra gigante que, para muitos espanhóis, continua sendo um símbolo das divisões da Guerra Civil Espanhola (1936-9), na qual cerca de 500 mil pessoas perderam a vida.

O memorial foi construído usando trabalho forçado de presos políticos entre 1940 e 1958. Ele contém os restos mortais de 33,8 mil pessoas mortas durante a guerra civil, de acordo com a Patrimônio Nacional, a agência encarregada de administrar o local. Os mortos são de integrantes do exército nacionalista, de Franco, e do republicano, que foi derrotado.

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