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Alberto Fujimori durante julgamento: pagamento milionário a assessor | Francisco Medina/AFP
Alberto Fujimori durante julgamento: pagamento milionário a assessor| Foto: Francisco Medina/AFP

A justiça peruana condenou na segunda-feira (20) o ex-presidente Alberto Fujimori a sete anos e seis meses de prisão por peculato, a terceira condenação que ele recebe desde que foi extraditado do Chile.

Fujimori, que completará 71 anos no final de julho, recebeu sua última sentença em abril deste ano, quando um tribunal o condenou a 25 anos de prisão num processo em que foi acusado de abusos aos direitos humanos.

Neste novo processo, Fujimori foi acusado de entregar 15 milhões de dólares a seu ex-chefe de Inteligência, Vladimiro Montesinos, em setembro de 2000, a pouco dias de estourar o maior escândalo de corrupção naquele país.

Fujimori negou

O ex-presidente admitiu durante o processo que entregou US$ 15 milhões a Montesinos, atualmente preso em uma base naval, mas negou ter cometido o delito de peculato porque sustenta que restituiu o dinheiro ao Tesouro Público.

O dinheiro de fato foi registrado no erário, mas se desconhece de onde saíram esses recursos, segundo o Ministério Público, que afirma que a devolução não exime o delito de peculato.

Fujimori alega que o dinheiro serviu para permitir a saída de seu ex-chefe de espionagem em meio a uma crise provocada por um escândalo de corrupção, porque "se estava tramando um golpe de Estado".

Após a entrega do dinheiro, Montesinos fugiu para o Panamá e voltou por poucos dias em outubro de 2000 para fugir outra vez do Peru até ser capturado na Venezuela em 2001.

Fujimori argumenta que o objetivo do tribunal é prejudicá-lo politicamente, tendo em vista as eleições gerais de 2011.

Segundo a mais recente pesquisa da empresa Ipsos Apoyo, feita em junho, a legisladora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente, aparece como líder nas intenções de voto para a Presidência em 2011.

Keiko Fujimori tem 22% da preferência. Em segundo lugar das intenções de voto estão empatados o atual prefeito de Lima, Luis Castañeda, e o nacionalista Ollanta Humala, ambos com 15%.

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