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O líder norte-coreano Kim Jong-un fala durante uma reunião do Gabinete Político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, no prédio de escritórios do Comitê Central do Partido em Pyongyang, Coreia do Norte, 29 de junho de 2021| Foto: Divulgação/KCNA/Agência EFE/Gazeta do Povo

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, revelou que houve um "grave incidente" nas medidas nacionais para enfrentar a pandemia da Covid-19, segundo a imprensa local, que não deu detalhes sobre o assunto.

O ditador norte-coreano referiu-se à situação do país em sua luta contra o coronavírus, depois de ter garantido que não houve um caso sequer no país. Até agora, o governo aplicou rigorosas restrições na fronteira, que afetam o comércio e a circulação de pessoas para impedir a entrada do vírus SARS-CoV-2.

"Ao negligenciar importantes decisões partidárias em sua emergência nacional para combater o vírus em preparação para uma crise de saúde global, as autoridades responsáveis causaram um grave incidente", afirmou Kim durante uma reunião do partido único da Coreia do Norte, realizada nesta terça-feira e relatada pela agência de notícias estatal "KCNA".

"(O incidente) Representa uma enorme crise para a segurança da nação e seu povo", acrescentou o líder norte-coreano durante o encontro do Partido dos Trabalhadores.

Kim ainda criticou a "incapacidade e irresponsabilidade" dos funcionários do alto escalão do regime como o fator principal que impede a implementação de medidas importantes. "A luta a nível partidário precisa ser realizada contra defeitos ideológicos e outros tipos de fatores negativos", finalizou.

Segundo a "KCNA" um relatório sobre tais erros foi discutido durante a reunião, mas nada em específico foi escrito sobre o incidente mencionado pelo ditador nem a real situação da pandemia dentro da Coreia do Norte. Devido à pandemia, o país vem mantendo suas fronteiras fechadas ao tráfego humano desde janeiro de 2020.

No fim do ano passado, o regime endureceu ainda mais as restrições, de modo que suas importações da China (de onde obtém 90% do que compra do exterior) caíram ao mínimo, o que agravou o problema de escassez de alimentos.

O comércio transfronteiriço parece ter retomado nos meses de março e abril graças ao estabelecimento de centros de logística de fronteira para desinfetar mercadorias importadas, de acordo com os observadores do governo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou que Pyongyang garantiu no começo deste mês ter testado mais de 30 mil pessoas no país sem detectar uma única infecção por Covid-19 sequer.

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