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O presidente da Coréia do Sul disse que o líder da Coréia do Norte, Kim Jong-il, que teria sofrido um derrame em agosto, ainda está no controle do Estado comunista, de acordo com uma entrevista publicada nesta quarta-feira (22).

Autoridades de inteligência dos Estados Unidos e da Coréia do Sul disseram no mês passado que Kim tinha graves problemas de saúde, o que levantou dúvidas sobre a sucessão da única dinastia comunista norte-coreana. Também pairou a dúvida sobre quem tomaria as decisões relacionadas ao programa de armas nucleares do país na ausência de Kim.

"Houve muita especulação, sem indicação clara do paradeiro de Kim Jong-il, mas eu não acredito que tenha havido nenhuma mudança na Coréia do Norte por causa da saúde de Kim", disse o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro.

"Acho que a Coréia do Norte ainda está sendo administrada como de costume, com Kim Jong-il no centro", acrescentou ele, de acordo com uma transcrição da entrevista concedida nesta quarta-feira.

Neste mês, a mídia oficial da Coréia do Norte noticiou, pela primeira vez em 50 dias, que Kim fez aparições públicas. Ele compareceu a uma partida de futebol e inspecionou uma unidade militar feminina.

Mas especialistas dizem que as fotos divulgadas de Kim com as militares provavelmente são de meses atrás, antes dele ter adoecido - o que contribuiu para despertar ainda mais rumores sobre a saúde dele.

Lee disse que a Coréia do Norte, que testou um aparato nuclear há dois anos, é "tecnologicamente capaz de produzir bombas atômicas" e pediu para que o país cumpra um acordo de desnuclearização feito com cinco potências mundiais.

Em outubro, a Coréia do Norte concordou em retomar o desmantelamento de sua usina, que produz materiais fendíveis para armas, como parte de um acordo no qual os Estados Unidos se comprometeram a suspender sanções e retirar Pyongyang de sua lista de países que apóiam o terrorismo.

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