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A montanhista Sarah Shourd chega a Omã e é recebida pela mãe: 13 meses na prisão ao lado do noivo e de um amigo | Mohammed Mahjoub/AFP
A montanhista Sarah Shourd chega a Omã e é recebida pela mãe: 13 meses na prisão ao lado do noivo e de um amigo| Foto: Mohammed Mahjoub/AFP

Teerã - A norte-americana Sarah Shourd, libertada da prisão após mais de um ano, declarou-se grata ao presidente do Irã, Mahmoud Ahma­­dinejad, por sua liberdade. A de­­claração foi feita pouco antes de ela embarcar num avião rumo ao sultanato de Omã, onde chegou após um voo de cerca de duas horas.

No domingo, o Judiciário do Irã decidiu que Shourd deveria pagar US$ 500 mil como fiança para deixar a cadeia, por razões de saúde. A família disse que não conseguiria bancar o valor e o go­­verno dos EUA informou que não pretendia pagá-lo. Ontem, po­­rém, o Irã afirmou que os US$ 500 mil foram pagos, sem especificar por quem.

Pouco depois ao anúncio da libertação de Shourd, de 31 anos, as autoridades iranianas disseram que não consideram a libertação imediata dos dois norte-americanos detidos com ela: seu noivo Shane Bauer e o amigo Josh Fattal. Os três foram detidos em julho de 2009 e acusados de espionagem, embora suas famílias afirmem que eles estavam praticando montanhismo no norte do Iraque quando foram detidos.

"Eu quero realmente agradecer a todo mundo, a todos os go­­vernos, a todas as pessoas que es­­tiveram envolvidas e, especialmente, quero dirigir-me ao presidente Ahmadinejad e a todos os funcionários iranianos, aos líderes religiosos e agradecê-los por este gesto humanitário", disse Shourd à Press TV, emissora iraniana de língua inglesa.

"Eu estou muito grata neste momento", disse ela. "Eu apren­­di muito com as mulheres no Orien­­te Médio desta parte do mundo e tenho muito respeito por elas e pela tradição que as cerca. Eu que­­ro apenas declarar que meu comprometimen­­to com a verdade não vai mu­­dar. Vocês sabem, quando eu voltar para o meu país nunca direi nada que não seja verdade aos meios de comunicação e não vou sucumbir a nenhuma pressão."

O presidente Ahmadinejad disse que Shourd foi libertada por razões de compaixão por causa de questões de saúde. Sua mãe disse que ela teve ne­­gado seu pedido para receber tratamento por doenças sé­­rias, in­­cluindo um caroço no seio e células cervicais pré-can­­cerosas. No domingo, o judiciário iraniano acusou os três por espionagem, o que pode significar que os dois homens serão julgados e que Shourd será julgada à revelia.

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