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O líder da oposição de IsraelBenjamin Netanyahu recusou nesta terça-feira (23) um chamado da ministra das Relações Exteriores Tzipi Livni para que ele se juntasse ao seu gabinete, enquanto o principal parceiro de coalizão de Livni, o Partido Trabalhista, a deixa em dúvida sobre suas intenções.

Livni, que luta para construir uma maioria parlamentar que seja viável para o seu governo, recebeu um pedido do presidente israelense Shimon Peres nesta segunda-feira (22) para que formasse um novo governo com a renúncia do primeiro-ministro Ehud Olmert, depois de um escândalo de corrupção.

Livni disse na segunda-feira que iria tentar formar uma coalizão ampla, que incluiria o partido opositor de direita de Netanyahu, o Likud.

"A coisa mais responsável, democrática e correta a ser feita é acertar uma data para eleições e deixar que as pessoas decidam quem irá governá-las e de que jeito", disse Netanyahu em uma entrevista coletiva televisionada.

Pesquisas de opinião mostram que o Likud provavelmente venceria eleições gerais antes da próxima votação, marcada para 2010.

O líder do Partido Trabalhista Ehud Barak classificou a decisão de Netanyahu como uma "oportunidade perdida" e prometeu continuar sua parceria com o partido de Livni, o centrista Kadima, dizendo no entanto, que o Partido Trabalhista pode ainda buscar eleições antecipadas.

"Iremos esgotar todas as possibilidades para conseguir um governo estável com uma habilidade real de funcionar. Se conseguirmos estabelecer uma parceria verdadeira, faremos isso de boa vontade. Senão, não teremos medo de ir para as eleições", disse Barak.

Livni, que pela lei tem seis semanas para apresentar um gabinete ao parlamento, disse que iria propor uma eleição caso falhasse em reunir o necessário dos 13 blocos parlamentares de Israel em seu governo.

Olmert renunciou o cargo de primeiro-ministro no domingo, mas continuará em exercício como premiê interino até que o próximo governo esteja formado, seja por negociação política ou por uma eleição.

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