• Carregando...

Ativistas informaram nesta segunda-feira (5) que a líder dos protestos contra o sequestro de mais de 200 meninas na Nigéria foi presa. Eles acusam a primeira-dama do país, Patience Jonathan, de ter dado a ordem de detenção.

Naomi Mutah foi na noite de domingo a uma reunião convocada pela mulher do presidente Goodluck Jonathan no palácio presidencial, em Abuja, para conversar com as mães das meninas desaparecidas há duas semanas na cidade de Chibok.

Ela, que não é mãe de nenhuma das sequestradas, foi ao evento com Saratu Angus Ndirpaya, outra ativista que participa dos protestos, mas que não tem nenhuma relação familiar com as meninas capturadas.

Segundo Ndirpaya, agentes do Serviço Secreto nigeriano levaram as duas a uma delegacia após a reunião. Ela diz ter sido liberada logo em seguida, mas que Mutah continuou presa. A ativista diz que a primeira-dama teria se sentido insultada por não ter recebido nenhuma mãe das vítimas.

Na versão de Ndirpaya, Patience teria acusado as duas de terem inventado o sequestro para prejudicar a imagem do país e de seu marido no exterior. A manifestante ainda diz que a primeira-dama as acusou de serem membros do Boko Haram, grupo radical islâmico acusado de ter capturado as meninas. Nem o governo nigeriano nem a polícia confirmaram a prisão.

PROTESTOS

Naomi Mutah e Saratu Angus Ndirpaya são as principais organizadoras de protestos em Abuja na semana passada contra a inação do governo no caso. Para os manifestantes, o governo nigeriano não está fazendo o suficiente para encontrar as meninas desaparecidas.

Na noite de ontem, o presidente Goodluck Jonathan reconheceu que o governo desconhece o paradeiro das meninas e disse que não está negociando com o Boko Haram ou com nenhum outro grupo. Ele ainda pediu cooperação aos pais para entregar o máximo de dados possíveis sobre as meninas capturadas.

"Solicitamos a máxima cooperação dos tutores e dos pais destas meninas, porque até agora não fomos capazes de fornecer para a polícia uma identidade clara das meninas que têm que ser resgatadas", declarou.

O líder pediu para países vizinhos como Camarões, Chade e Benin e outros no norte da África ajuda para localizar as estudantes, que segundo alguns "rumores" poderiam ter saído do país.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]