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O presidente norte-coreano, Kim Jong-il, está "tentando testar o processo" de negociação nuclear, após o colapso das conversas pelo desarmamento do país na semana passada, disse nesta segunda-feira (15) o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

No sábado, a Coréia do Norte ameaçou atrasar o desligamento de sua principal planta nuclear em resposta à decisão de Washington de suspender a ajuda em energia ao país por causa das negociações mal-sucedidas sobre as operações nucleares da Coréia.

"O que vocês estão vendo agora é que o líder da Coréia do Norte está tentando testar o processo", disse Bush a repórteres a bordo do Air Force One, enquanto viajava do Iraque para o Afeganistão.

"O objetivo é manter nossos sócios firmes em torno da compreensão de que o processo coordenado pelos seis agentes é a melhor forma de resolver a questão norte-coreana", acrescentou Bush.

O Departamento de Estado norte-americano afirmou que todos os cinco países que negociam com a Coréia do Norte - Japão, Rússia, Estados Unidos, China e Coréia do Sul - concordam que os embarques de combustível não aconteçam até que seja visto algum progresso no chamado protocolo de verificação com Pyongyang.

O enviado nuclear da Coréia do Norte, Kim Kye-gwam, disse em Pequim que o país "provavelmente vai ajustar a velocidade de desligamento das instalações nucleares se (a ajuda) for suspensa", de acordo com a agência de notícias Kyodo.

A Coréia do Norte negocia há mais de uma década com os Estados Unidos sobre seu programa de armas nucleares, e o assunto ganhou importância extra depois que Pyongyang realizou o primeiro teste nuclear, em outubro de 2006.

Há dois meses, o governo Bush removeu a Coréia do Norte da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, com base em um compromisso verbal de Pyongyang com o plano de verificação.

"Não é a primeira vez que ele testou (o processo)", disse Bush. "O segredo é ser firme e paciente com a estrutura que vai permitir que o próximo presidente ou o presidente depois dele possa resolver o problema de forma diplomática."

Especialistas acreditam que Pyongyang se manterá fora do protocolo de verificação até que o governo de Barack Obama assuma, no próximo mês.

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