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O número de mortos nos recentes confrontos étnicos no Quirguistão pode ser dez vezes maior que o reconhecido oficialmente, disse em entrevista hoje a líder interina do país, Rosa Otunbayeva. "Eu multiplicaria por dez os números oficiais", afirmou ela, falando ao jornal russo "Kommersant".

191 mortos confirmados pela violência étnica no sul do Quirguistão. Segundo Rosa, o problema na contagem é que ocorreram muitas mortes no interior e o costume do país prevê que os mortos sejam enterrados "imediatamente, antes do pôr-do-sol". O governo quirguiz confirma 191 mortes e 1.971 pessoas feridas, na pior violência étnica no empobrecido país da Ásia Central desde o colapso da União Soviética.

As Nações Unidas estimam que 400 mil pessoas tenham tido que fugir de suas casas por causa da violência. Entidades de ajuda internacional se apressam para levar ajuda às vítimas dos distúrbios.

Também hoje, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a crise no Quirguistão pode afetar até 1 milhão de pessoas, das quais 300 mil seriam refugiados. "Nós estamos trabalhando com um dado de 1 milhão de pessoas que foram direta ou indiretamente afetadas por esse evento - 300 mil delas, refugiados", afirmou Giuseppe Annunziata, coordenador do programa para apoio emergencial da OMS.

O funcionário da agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que esse era o "pior cenário". As outras 700 mil pessoas seriam as que se deslocam no próprio país para fugir da violência. As informações são da Dow Jones.

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