• Carregando...
 |
| Foto:

20% da população turca, de 75 milhões, é composta por curdos, que também estão presentes em outros países da região, como o Iraque.

Em um dos passos mais importantes na direção do fim de uma das insurgências mais sangrentas do mundo, o líder rebelde curdo Abdullah Ocalan defendeu ontem uma "nova era" de paz que inclui um imediato cessar-fogo e que milhares de combatentes deixem o território da Turquia.

Centenas de milhares de pessoas se reuniram para ouvir a mensagem de Ocalan, que está preso, em Diyarbakir, a maior cidade turca do sudeste curdo, onde o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, na sigla em curdo) trava há 30 anos uma guerra contra o governo da Turquia por autonomia e mais direitos. O grupo é considerado uma organização terrorista pela Turquia e seus aliados no Ocidente, incluindo os Estados Unidos.

Em mensagem lida por legisladores pró-curdos nas línguas curda e turca, Ocalan disse que "chegamos a um ponto no qual as armas devem ser silenciadas e as ideias devem falar. Uma nova era começou, na qual a política, e não as armas, estão na dianteira".

"Chegamos a um estágio no qual nossos elementos armados precisam recuar para atrás das fronteiras", disse o líder na mensagem.

Apesar de estar preso há 14 anos, Ocalan ainda exerce poder sobre o grupo rebelde. Os comandantes do PKK, que estão no norte do Iraque, declararam apoio à iniciativa de paz e a expectativa é de que os combatentes atendam ao pedido de Ocalan.

O governo da Turquia reagiu com cautela à convocação de cessar-fogo. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o Exército da Turquia vai encerrar as operações contra os rebeldes curdos se eles interromperem os combates.

"Eu vejo (o chamado do líder rebelde) como um progresso positivo, mas o importante é a sua implementação", afirmou Erdogan. "Precisamos ver de que maneira os rebeldes responderão a isso."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]