O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou a ideia de elevar taxas de produtos de países ricos que se recusarem a adotar metas de redução de gás carbônico (CO2) na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em Copenhague, na Dinamarca.
Ele descartou a proposta ao responder pergunta de uma leitora na coluna semanal O Presidente Responde, publicada hoje (15). "Embora os países desenvolvidos estejam resistindo a adotar metas relevantes de redução da emissão de CO2, o Brasil não pode apelar para instrumentos comerciais ilegais. Nosso país deve respeitar os compromissos assumidos na Organização Mundial do Comércio. Elevar a tarifa sobre produtos provenientes somente dos países desenvolvidos consistiria em medida discriminatória", respondeu Lula leitora que sugeriu o aumento das taxas pelo governo brasileiro.
Lula, que embarcou na manhã de hoje para Copenhague onde participará da Conferência do Clima, lembrou que o Brasil assumiu o compromisso voluntário de reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 39,8% até 2020. Segundo ele, após o Brasil divulgar a meta os Estados Unidos e a China também apresentaram suas propostas de redução do gás.
Até sexta-feira (18), negociadores de mais de 190 países terão a missão de chegar a um consenso sobre o novo acordo climático para complementar o Protocolo de Quioto depois de 2012.
A delegação brasileira em Copenhague é chefiada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e conta ainda com integrantes dos ministérios das Relações Exteriores, do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia e da área econômica.
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