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Lula visita Fidel e diz que cubano está "recuperado" | Presidência
Lula visita Fidel e diz que cubano está "recuperado"| Foto: Presidência
  • Presidente Lula fotografa o ministro brasileiro das comunicações, Franklin Martins, ao lado do líder cubano
  • Lula abraça Raul Castro, presidente cubano e irmão de Fidel Castro (direita)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido nesta quarta-feira pelo ex-presidente cubano Fidel Castro, a quem classificou como um amigo de quem quis se despedir antes de deixar o poder, segundo uma fonte da delegação brasileira.

Segundo assessores do presidente, a visita durou mais de uma hora e Lula encontrou Fidel "recuperado" e "excepcionalmente bem".

A Presidência da República divulgou fotos em que Fidel e Lula aparecem conversando ao lado de uma piscina. Em outra imagem, ambos aparecem sorrindo. Detalhes do encontro não foram revelados.

Fidel transferiu o poder a seu irmão Raúl Castro em 2006, por razões de saúde, e não aparece em público desde então. Como em outras imagens publicadas nos últimos anos, ele parece atento, porém magro. Para receber Lula, vestia um conjunto esportivo cinza e branco.

Esta é a terceira visita oficial de Lula à ilha em dois anos, com o objetivo de salientar que a importância estratégia dessa relação bilateral será mantida após o seu mandato.

Antes do encontro com Fidel, Lula inaugurou as obras do porto de Mariel, 50 quilômetros a oeste de Havana, onde a construtora brasileira Odebrecht realiza uma modernização de estradas, ferrovias, cais e armazéns, num valor total de 450 milhões de dólares -- sendo 300 milhões liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Maior economia latino-americana, o Brasil é um importante sócio econômico de Cuba, embora o intercâmbio comercial tenha sido de apenas 330 milhões de dólares em 2009. Durante seu mandato, Lula aprovou créditos comerciais que encheram as lojas locais de produtos brasileiros, apesar das dificuldades financeiras da ilha.

Além disso, a Petrobras está prospectando petróleo em águas cubanas e concluiu estudos sísmicos no mês passado, mas ainda não anunciou quando fará perfurações.

Durante a visita de Lula, os dois países devem assinar acordos nas áreas de saúde, tecnologia e agricultura.

Lula chegou a Havana na noite de terça-feira, depois de participar no México da cúpula do Grupo do Rio. Na manhã de quinta-feira, ele embarca para o Haiti, onde avalia a destruição causada pelo terremoto de janeiro.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, principal aliado de Cuba, também decidiu visitar a ilha depois da cúpula no balneário mexicano de Playa del Carmen.

US$ 1 bilhão em negócios para empresas brasileiras

Dirigentes de sete empresas brasileiras estão em Cuba, nesta semana, em rodadas de negócios com autoridades daquela ilha do Caribe, com o objetivo de fortalecer as relações comerciais bilaterais. A missão foi organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que fez a viagem coincidir com a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou o dia de hoje (24), na capital, Havana.

Além da intenção de Lula para que os dois países incrementem a corrente de comércio - que somou US$ 330,620 milhões no ano passado, com saldo de US$ 223,839 milhões para o Brasil – os empresários brasileiros, que estão na ilha desde o último domingo (21), revelam disposição de gerar negócios de até US$ 1 bilhão naquele país, em contratos de longo prazo.

A missão comercial é resultado de uma ação do Grupo de Trabalho Brasil-Cuba, criado em 2008 com o objetivo de mapear as oportunidades e dificuldades nas relações comerciais bilaterais, de modo a desenvolver mecanismos que facilitem a promoção das exportações entre os dois países. Vale lembrar que a corrente de comércio bilateral alcançou US$ 571 bilhões em 2008, e caiu muito em 2009 por causa da crise financeira mundial, a partir de setembro de 2008.

Mas, de acordo com o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Maurício Borges, "vamos aproveitar a presença do presidente Lula em Cuba para fortalecer essa parceria comercial positiva, fomentar a concretização de novos negócios e a instalação de empresas brasileiras em Cuba. Todas as empresas que nos acompanham nesta missão já estão em um estágio avançado de negociação com suas contrapartes cubanas", explica Borges.

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