O presidente da França, Emmanuel Macron, tem feito raras aparições públicas desde que saiu derrotado no 1º turno das eleições legislativas no último dia 30.
Segundo o jornal Político, a última vez que o mandatário foi visto em público nas ruas foi ao ir votar na cidade costeira de Le Touquet no domingo, ocasião na qual atraiu muita atenção nas redes sociais e nos canais de notícias.
Depois dos resultados eleitorais desastrosos, Macron sequer fez um pronunciamento na televisão francesa para "confortar" seus aliados nas eleições parlamentares. O Palácio do Eliseu apenas emitiu uma breve declaração do presidente pedindo "ampla unidade" aos eleitores.
De acordo com o Político, a realidade é que a popularidade do atual presidente está em queda livre até mesmo entre os aliados, que o querem fora da campanha eleitoral.
“Disseram-lhe para parar [de fazer campanha]… E não é que ele tenha realmente ouvido a nossa mensagem, é mais que ele foi forçado a ouvi-la”, disse um representante do partido Renaissance ao jornal, sob condição de anonimato.
“[O presidente] subestimou o quanto o público estava desanimado com sua personalidade”, disse ainda a fonte próxima da situação.
Isso ficou evidente em uma entrevista de um ministro do governo Macron, que admitiu a imagem "desgastada" do mandatário francês. Segundo Christophe Béchu, líder da pasta de ecologia, desenvolvimento sustentável e energia, "há um desgaste que afetou todos os presidentes da Quinta República. Ele [desgaste] é ainda maior porque este é o segundo mandato de Emmanuel Macron”, disse ao canal francês TF1.
O Reagrupamento Nacional (RN) de Marine Le Pen obteve uma vitória retumbante no primeiro turno das eleições legislativas na França, após alcançar 33,15% dos votos junto aos aliados conservadores, o que tem preocupado o atual governo macronista.
Por sua vez, a coligação de esquerda da Nova Frente Popular (NFP) obteve 27,99% dos votos e torna-se assim a segunda grande força política do país, à frente da maioria agora em fim de mandato do presidente Emmanuel Macron, que é o grande perdedor das eleições, com 20,04% dos votos.
Com a possibilidade de uma nova vitória no 2º turno do RN, de Le Pen, o presidente francês pode ter que entrar em um governo de “coabitação” com o partido de direita nacionalista, que deve comandar o maior grupo no parlamento.
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