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O ditador Nicolás Maduro, durante audiência nesta sexta-feira (9) no TSJ da Venezuela
O ditador Nicolás Maduro, durante audiência nesta sexta-feira (9) no TSJ da Venezuela| Foto: EFE/Setor de Imprensa do Palácio de Miraflores

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira (9) que pretende conversar com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Andrés Manuel López Obrador (México) e Gustavo Petro (Colômbia) sobre a crise desencadeada após as eleições de 28 de julho, cujo resultado oficial - vitória do líder chavista - é considerado fraudulento pela oposição, por grande parte da comunidade internacional e observadores independentes.

“Uma conversa com os três presidentes está pendente, esperemos que aconteça”, declarou Maduro ao deixar o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), onde se reuniu com os magistrados da Câmara Eleitoral - controlada por simpatizantes do governo chavista - como parte da revisão judicial do resultado das eleições, solicitada por ele próprio.

Maduro afirmou que nos últimos dias, sem especificar quando, a convocação para essa conversa seria realizada, mas foi cancelada no último minuto devido a problemas de agenda de um ou mais dos interlocutores.

Os ministérios das Relações Exteriores dos três países citados publicaram ontem um comunicado conjunto no qual pediram ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que divulgasse os resultados da eleição que certificariam a vitória de Maduro.

“Respeito profundamente esses três presidentes e me comunicarei com eles no momento oportuno”, acrescentou Maduro, além de afirmar que está disponível “24 horas por dia, por telefone”, para conversar com eles, seus aliados políticos na região.

Ele alegou que respeita a soberania de cada um destes países, razão pela qual não fará comentários sobre seus governos, e que, no momento oportuno, explicará detalhadamente aos presidentes a “situação difícil de entender” pela qual a Venezuela está passando.

“Tudo o que circula na imprensa destes países é manipulação, [mas nós] somos especialistas em derrotar isso, temos o poder de derrotar mentiras”, acrescentou.

O CNE alegou ter sofrido um ataque cibernético a seu sistema no dia da votação, o que não impediu a proclamação de Maduro como vencedor sem apresentar provas, enquanto a oposição apresentou em um site milhares de atas de votação que dão vitória esmagadora a seu candidato, Edmundo González.

A denúncia de fraude e os protestos pós-eleitorais – reprimidos violentamente, resultando em 24 mortes de civis, segundo a ONG Provea - foram considerados pelo governo venezuelano como um “golpe de Estado cibernético”.

Conteúdo editado por:Fábio Galão
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