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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, saudando apoiadores durante uma reunião no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas | HO/
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, saudando apoiadores durante uma reunião no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas| Foto: HO/ AFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na noite de quarta-feira (11) que o resultado da eleição regional do país no domingo (15) "será uma surpresa para o mundo". A votação irá eleger governadores de 23 estados e ao menos nove partidos que estão concorrendo são da oposição. Ao falar por telefone a um programa da televisão estatal, Maduro negou que o país viva uma ditadura e criticou as sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de atacar o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e também o do Brasil, Michel Temer. Para a oposição, o Conselho Eleitoral da Venezuela favorecerá os candidatos chavistas, aliados do presidente Maduro. As campanhas eleitorais começaram em dezembro de 2016.

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"Estamos ante um cenário que será uma grande surpresa para o mundo inteiro, eles quiseram nos qualificar como ditadura, eu convoco o povo para que saia a votar e cada voto seja contra as sanções imperialistas, um voto para que Trump, Santos e Temer recebam a mensagem de que a Venezuela é soberana, um país livre", afirmou Maduro, segundo a imprensa local.  

Maduro afirmou que os que votarem estarão reconhecendo o poder da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), e reiterou que os candidatos que forem eleitos devem se subordinar a Constituinte. Quem não cumprir o requisito, não será permitido que assuma o cargo. Já os candidatos opositores, segundo o jornal local El Universal, têm dito que se subordinarão à Constituição da República, vigente desde 1999, não à ANC. A oposição venezuelana não reconhece a Assembleia Constituinte convocada por Maduro, qualificando o processo de eleição para ela como ilegal e como uma estratégia para enfraquecer o Legislativo, controlado pelos oposicionistas.

Crise

A Venezuela enfrenta uma grave crise, com inflação fora de controle e o desabastecimento de alguns produtos básicos. Consultorias estimam que a economia do país possa encolher pouco mais de 10% neste ano e no mesmo ritmo em 2018. O país ainda foi alvo de sanções do governo americano em setembro, por causa da repressão de Caracas a opositores.  

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