O ditador Nicolás Maduro afirmou na noite desta segunda-feira (5) que vai “romper as relações” com o aplicativo de mensagens WhatsApp, porque este, segundo o líder chavista, está “ameaçando a Venezuela” e é usado por “grupos fascistas”.
"Eu vou romper relações com o WhatsApp, porque estão usando essa plataforma para ameaçar a Venezuela. E então vou eliminar o WhatsApp do meu telefone para sempre. Aos poucos, irei transferindo meus contatos para o Telegram", disse ele.
"Diga não ao WhatsApp. Fora WhatsApp da Venezuela, porque é através dele que os criminosos ameaçam a juventude e os líderes populares”, afirmou o ditador, acrescentando que o aplicativo está “ameaçando a família militar venezuelana”.
“Estão ameaçando, pelo WhatsApp, todos aqueles que não se pronunciam a favor do fascismo [...] Primeiro passo: Retirada voluntária, progressiva e radical do WhatsApp [da Venezuela]", assegurou Maduro. “Os criminosos [que segundo ele utilizam o WhatsApp para atacar a Venezuela] têm chips colombianos, chilenos, americanos", concluiu o chavista.
Ao proibir o WhatsApp, que pertence a empresa Meta, dona também do Facebook, Maduro se junta a outros regimes de esquerda, como o da China, que controla a internet do país e impede que o aplicativo funcione dentro de seu território. Além da China, o WhatsApp também foi alvo do regime da Nicarágua, com representantes do sandinismo impedindo militantes do partido de usar grupos de mensagens no aplicativo sem a autorização expressa do ditador Daniel Ortega.
As redes sociais têm sido o último recurso para que a oposição venezuelana se comunique com a população, uma vez que praticamente toda a mídia do país foi tomada pelo regime chavista.
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