A batalha entre o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o bilionário americano de origem sul-africana Elon Musk, dono do X, ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (8).
Em um ato público no Palácio de Miraflores, sede da presidência venezuelana, em Caracas, Maduro anunciou a suspensão da rede social durante dez dias no país.
O ditador alegou que Musk “violou todas as normas da própria rede social Twitter, hoje conhecida como X”.
“E violou incitando ao ódio, ao fascismo, à guerra civil, à morte, ao enfrentamento entre os venezuelanos, violou todas as leis da Venezuela. Na Venezuela, há lei, e vamos fazer com que ela seja respeitada. Por isso assinei uma norma, a partir de uma proposta feita pela Conatel, a Comissão Nacional de Telecomunicações, e decidir tirar de circulação a rede social X, antes conhecida como Twitter, durante dez dias na Venezuela para que ele apresente contestação [ante a Conatel]. Fora, X, por dez dias, da Venezuela!”, disse Maduro.
Nos últimos dias, o ditador chamou Musk para uma luta e o acusou de orquestrar um ataque hacker contra o chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou sua vitória na eleição presidencial de 28 de julho. Também disse que o bilionário faz parte de uma seita satânica.
Musk disse que aceita a luta e que, se vencer, Maduro terá que deixar o poder. O bilionário também lembrou no X que continua válida uma recompensa de até US$ 15 milhões, oferecida pelo Departamento de Estado americano, por informações que levem à prisão e/ou condenação de Maduro.
A quantia foi oferecida em março de 2020, quando Maduro foi indiciado por um tribunal federal de Nova York por acusações de narcoterrorismo, conspiração para levar cocaína para os Estados Unidos, posse de metralhadoras e dispositivos destrutivos e conspiração para posse de metralhadoras e dispositivos destrutivos.
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