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A mudança na diretoria da Citgo acontece depois da prisão de seis membros da empresa acusados de causar prejuízo ao regime chavista | Pixabay/
A mudança na diretoria da Citgo acontece depois da prisão de seis membros da empresa acusados de causar prejuízo ao regime chavista| Foto: Pixabay/

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, indicou nesta quarta-feira (22) o ex-ministro do Petróleo Asdrúbal Chávez, primo do ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013), para presidir a Citgo, subsidiária americana da petroleira PDVSA.  A mudança na diretoria acontece depois da prisão do chefe da empresa, José Ángel Pereira, e de cinco diretores sob a acusação de refinanciarem uma dívida de US$ 4 bilhões da Citgo causando prejuízo ao regime chavista.  

Em cadeia nacional de rádio e TV, Maduro disse que Asdrúbal "reconstruirá a Citgo". O primo de Chávez foi ministro do Petróleo entre 2014 e 2015, vice-presidente da PDVSA e tem uma carreira de mais de 30 anos no setor petrolífero.  

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Segundo Tarek William Saab, procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte chavista, os dirigentes presos ofereceram como garantia a própria Citgo, que tem três refinarias e uma rede de postos de gasolina nos EUA.  

"Eles apareciam como facilitadores da estratégia de pressão internacional, talvez a serviço de uma potência estrangeira contra o país", disse Saab —a renegociação aconteceu em julho, auge dos protestos da oposição ao chavismo.  

Pereira e os diretores da Citgo Tomeu Vadell, Alirio Zambrano, Jorge Toledo, Gustavo Cárdenas e José Luis Zambrano foram acusados formalmente de peculato, tráfico de influências, lavagem de dinheiro e associação criminosa.  

Os diretores, porém, têm cidadania americana, o que deve elevar a tensão entre Maduro e Donald Trump. Em nota, o Departamento de Estado disse que a cidadania "garante-lhes [aos presos] direitos perante a lei internacional".  

A Chancelaria americana solicitou à Venezuela informações sobre o processo e visita de diplomatas do país aos presos. Maduro disse que eles serão julgados no país caribenho, mesmo se for pressionado pela Casa Branca.  

"Estas pessoas nasceram na Venezuela e serão julgados como ladrões, corruptos e traidores da pátria. Estão presos e bem presos", disse o dirigente, que os acusou de colaborar com a CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA).  

Após a posse de Saab, um aliado do regime, mais de 60 executivos da PDVSA e de suas subsidiárias foram detidos. Na semana passada, a petroleira estatal entrou em calote parcial após não pagar os juros de seus títulos da dívida.

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