Mães visitam filhos presos no Irã e pedem liberdade

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As mães de três norte-americanos presos no Irã desde julho foram autorizadas a vê-los na quinta-feira, e pediram ao governo local que os liberte.

Com a cabeça coberta, como é praxe entre mulheres no Irã, as norte-americanas deram as mãos aos seus filhos durante a reunião, ocorrida num hotel da zona norte de Teerã, onde elas também falaram com jornalistas.

Shane Bauer, 27 anos, Sarah Shourd, 31, e Josh Fattal, 27, foram detidos em território iraniano sob a acusação de espionagem. Eles dizem que praticavam montanhismo no norte do Iraque e que cruzaram a fronteira inadvertidamente.

A prisão deles complicou ainda mais as relações entre o Irã e os EUA, já abaladas, entre outros motivos, por causa do programa nuclear iraniano.

"Por favor, por favor, deixem que eles saiam", disse a mãe de Bauer, Cindy Hickey, diante dos jornalistas. Na opinião dela, um gesto de clemência seria positivo para a imagem do Irã no mundo.

Os três norte-americanos estão detidos na célebre prisão de Evin, em Teerã. Eles contaram a jornalistas que em geral são bem tratados, embora Shourd tenha dito que foi mantida em isolamento.

O grupo relatou ainda que não recebeu acusações formais nem foi informado sobre o que acontecerá daqui por diante.

Como EUA e Irã não mantêm relações diplomáticas, a embaixada da Suíça representa os interesses norte-americanos em Teerã. O embaixador suíço acompanhou as mães na sua visita a Teerã - autorizada pelo governo local como um gesto humanitário.