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Protestos de vários grupos políticos agitam a África do Sul: 13 dos 11 ministros pediram demissão, sete têm a intenção de retornar ao cargo | Mike Hutchings / Reuters
Protestos de vários grupos políticos agitam a África do Sul: 13 dos 11 ministros pediram demissão, sete têm a intenção de retornar ao cargo| Foto: Mike Hutchings / Reuters

A saída do presidente da África do Sul Thabo Mbeki, nesta semana, levou vários ministros a pedirem demissão, entre eles o bem visto titular da pasta das Finanças, Trevor Manuel. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (23) pela presidência, Mbeki disse que aceitou com pesar as demissões de Manuel, do vice-presidente e dos ministros da Defesa, Inteligência e Empresas Públicas, entre outros. A demissão dos ministros, que foi vista com temor pelo mercado financeiro local, não revelou-se uma questão grave, à medida que vários dos titulares disseram que voltarão ao ministério se forem convidados pelo novo governo. Dos 13 ministros, 11 pediram demissão, mas sete têm a disposição de voltar ao cargo em breve, informaram funcionários do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em Inglês) o partido governista da África do Sul.

A porta-voz de Manuel, Thoraya Pandy, liberou um comunicado que afirma que Manuel e seu vice-ministro, Jabu Moleketi, "querem deixar claro que estão prontos a servir a administração em qualquer capacidade que for indicada pelo novo presidente".

No domingo, Mbeki disse em discurso que deixaria o cargo, atendendo a um pedido da cúpula do Congresso Nacional Africano, dominada por seu amargo rival, Jacob Zuma.

"Havia expectativa geral de que o ministro das Finanças permaneceria, então o mercado está corretamente interpretando isso como negativo", disse mais cedo Razia Khan, diretora regional de pesquisas do banco Standard Chartered, em Londres. Segundo ela, a demissão de alguns ministros mais ligados a Mbeki, entre eles o vice-presidente Phumzile Mlambo-Ngcuka e o ministro das Empresas Públicas, Alec Erwin, eram esperadas.

A notícia da saída de Manuel foi mal recebida por investidores, provocando queda em ações locais. Na segunda-feira, o partido governista anunciou que o vice-presidente da sigla, Kgalema Motlanthe, assumiria como presidente sul-africano até as próximas eleições, em abril do ano que vem.

"Os ministros continuarão a fazer o trabalho que faziam", disse mais tarde o secretário-geral do ANC, Gwede Mantashe. Segundo ele, Manuel, Mokeleti e outros ministros e vice-ministros permanecerão nos cargos. As informações são da Assocaited Press e da Dow Jones.

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