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O segundo grupo de trabalhadores grevistas que ainda estava detido desde o massacre na mina de Marikana - no qual 34 mineiros foram mortos pela polícia - recebeu liberdade condicional nesta quinta-feira (6), depois que a Procuradoria da África do Sul retirou as acusações de assassinato contra eles nesta semana.

Os 102 mineiros foram postos em liberdade durante uma audiência judicial nas proximidades de Pretória, informou a agência de notícias sul-africana "Sapa". Outros 162 trabalhadores foram liberados na última segunda-feira, e outros seis estavam no hospital quando foram comunicados de terem recebido a condicional.

No total, 270 mineiros foram presos após o massacre de 16 de agosto durante a greve na mina de platina de Lonmin em Marikana, a cerca de 100km da capital Johanesburgo.

A acusação formal chocou o país e o ministro sul-africano de Justiça, Jeff Radebe, que pediu explicações sobre seu fundamento.

Os mineiros detidos na greve de Marikana foram acusados do assassinato de seus companheiros por causa de uma lei da época do apartheid - regime racista imposto pela minoria branca sul-africana que vigorou até 1994 - que responsabiliza todos os participantes de um protesto pelas mortes que ocorrerem na manifestação.

Os trabalhadores permanecem em greve desde o último dia 10 de agosto para reivindicar um aumento salarial de até 12.500 rands (R$ 3.032), valor três vezes maior que o atual.

A empresa e os sindicatos majoritários assinaram nesta quinta-feira um "acordo de paz" para dar início às negociações salariais, embora o pacto não conte com a Associação da Mineração e a Construção (AMCU), que promoveu os protestos.

Desde o início dos protestos em Marikana, 44 pessoas morreram, entre elas dois policiais e dois seguranças, na semana anterior ao massacre de 34 mineiros.

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