Zurique e São Paulo - Roger Müller, advogado suíço que assumiu a defesa de Paula Oliveira, disse ontem que entre as estratégias que estuda adotar está o fato de a brasileira sofrer de lúpus. O pai de Paula já afirmara que ela tem a doença, que pode provocar transtornos psiquiátricos.
Médicos ouvidos pela reportagem disseram que as manifestações psiquiátricas do lúpus não estão entre as mais comuns e que não conhecem casos de pacientes que se automutilaram em razão dele, o que não significa que isso seja impossível, dizem.
O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, combate elementos do próprio organismo. Ele era tido como uma doença de pele até 1832, quando foi descrito como sistêmico pode atingir vários órgãos.
O nome vem do latim "lobo'', pois as erupções na pele eram consideradas semelhantes a marcas de mordidas do animal. A doença é mais comum em mulheres em torno dos 20, 30 anos, e as causas não são claras.
Segundo Lilian Tereza Lavras Costallat, presidente da comissão de lúpus da Sociedade Brasileira de Reumatologia, estudos mostram que 25% dos pacientes apresentam manifestações psiquiátricas, que vão de quadros de ansiedade e depressão leves até outros mais graves e também mais raros como psicose e alucinações.
Ari Halpern, reumatologista do Hospital Albert Einstein, afirma haver casos em que os sintomas psiquiátricos vieram primeiro, mas que é mais comum o lúpus aparecer antes como um sintoma físico. Ele afirma que podem ocorrer surtos ou um quadro permanente.
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