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Centenas de pessoas revoltadas com a prisão de um ativista pró-direitos humanos entraram em choque com a polícia e partidários do governo da Líbia, na cidade de Benghazi, no leste do país, segundo relatos de uma testemunha e da mídia local.

O tumulto na terça-feira à noite foi um acontecimento raro na Líbia, que está há mais de 40 anos sob forte controle do líder Muamar Kadafi. O país tem sentido os efeitos das revoltas populares no Egito e na Tunísia.

A TV estatal líbia informou que nesta quarta-feira estão ocorrendo em todo o país manifestações de apoio a Kadafi, o líder há mais tempo no poder na África.

Relatos dos acontecimentos em Benghazi, situada cerca de mil quilômetros a leste de Trípoli, a capital, indicam que a cidade voltou à calma, mas que nos protestos à noite manifestantes armados com pedras e coquetéis molotov incendiaram carros e entraram em confronto com a polícia.

A edição online do jornal líbio Quryna, de propriedade particular e com sede em Benghazi, informou que 14 pessoas ficaram feridas sem gravidade nos confrontos, incluindo dez policiais.

"A noite passada foi uma noite ruim", disse à Reuters um morador que não quis identificar-se. "Houve cerca de 500 ou 600 pessoas envolvidas. "Eles foram até os comitês revolucionários (QGs do governo local) no bairro de Sabri, tentaram ir até o comitê revolucionário central. Atiraram pedras", afirmou. "Agora tudo está calmo."

A população de Benghazi tem um histórico de resistência em relação ao regime de Kadafi. Muitos de seus maiores opositores vivem no exílio. Boa parte dos detidos por integrarem grupos islâmicos banidos tem origem em Benghazi.

Segundo informações vindas de Benghazi, os tumultos começaram depois da prisão de um homem chamado Fethi Tarbel, ativista em defesa dos direitos humanos que trabalha com famílias de presos.

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