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 | Saraí Suárez/Efe
| Foto: Saraí Suárez/Efe

Em meio a denúncias de enriquecimento ilícito sustentadas pelo próprio presidente Hugo Chávez, o governador do estado Zulia, Manuel Rosales, figura de proa da oposição venezuelana, tentará vencer a eleição para prefeito da cidade de Maracaibo, capital do estado. Rosales defende a necessidade de ampliar os espaços opositores como única alternativa para enfrentar os problemas do país, sobretudo a insegurança, principal preocupação da sociedade venezuelana.

O senhor espera um resultado favorável para a oposição?

Esperamos que a partir de hoje nosso mapa político não seja totalmente vermelho. Queremos avançar, não só nos estados de Zulia e Nova Esparta. Nosso principal obstáculo é o talão de cheques de Chávez, que com o dinheiro do petróleo tenta manipular o país.

O senhor acredita numa possibilidade de conciliação com Chávez?

Numa sociedade civilizada, o lógico seria tentar alcançar acordos, mas Chávez sempre apela para a violência e a agressão. Não espero que o presidente estenda a mão.

O que mais preocupa os venezuelanos é a insegurança...

Vivemos um caos e para sair desse caos a política de Chávez não ajuda, porque ele divide e ataca. O presidente quer permanecer eternamente no poder. Ele usa seu poder para manipular a educação de nossos filhos, para atentar contra a propriedade privada. A falta de segurança é uma questão real e dramática. Requer políticas urgentes, porque estamos vivendo uma guerra não declarada.

Nos últimos anos especulou-se sobre a presença de paramilitares na Venezuela...

Nos últimos anos, paramilitares e guerrilheiros começaram a mover-se em nosso território. São grupos vinculados ao narcotráfico, a máfias. Precisamos de uma política consistente de defesa de nossas fronteiras, para afastar flagelos alheios, sobretudo da Colômbia.

O senhor considera adequada a atitude dos demais governos da região em relação a Chávez?

O problema da Venezuela é um problema de toda a região, mas também é verdade que somos nós que devemos resolvê-lo. E nosso problema é que aqui os poderes do Estado não são independentes.

Chávez assegurou que o senhor é um corrupto confesso...

São as eternas mentiras dele. Temos de estar atentos porque este é um governo descontrolado, temos muitos presos políticos, muitos exilados.

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