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Um alto-oficial da Marinha russa disse na segunda-feira que Moscou pretende manter sua base naval em Sebastopol (porto ucraniano no mar Negro), e culpou políticos da Ucrânia por questionarem essa hipótese.

Sebastopol, na península da Criméia, abriga a frota russa do mar Negro há 225 anos, embora o pró-ocidental presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, já tenha se manifestado contra a renovação da concessão, que vence em 2017. A Marinha russa poderia transferir as operações para uma outra base que está em construção, mas esta é menos adequada do que Sebastopol, segundo o contra-almirante Andrei Baranov, subcomandante da frota do Mar Negro.

"Eu pessoalmente não irei embora, nem nossos navios. Toda a decisão cabe ao nosso comandante-chefe [o presidente Dmitry Medvedev]. Não estamos planejando ir, de qualquer forma. Não há opções", disse o militar.

Ele criticou as autoridades ucranianas por supostamente usarem a base naval como questão política. "É claro, é um fator muito vantajoso para eles, assentar seus interesses políticos especulando sobre a nossa presença aqui", disse ele a jornalistas.

O debate sobre a presença naval russa em território ucraniano se intensificou depois da recente intervenção militar da Rússia na vizinha Geórgia, para proteger a região separatista da Ossétia do Sul.

Agora, há discussões sobre o latente sentimento russófilo na Criméia, uma região onde há grande população de origem russa e que só foi transferida à Ucrânia somente em 1954, durante o período soviético.

Políticos nacionalistas russos periodicamente exigem a devolução de Sebastopol à Rússia, embora o Kremlin desautorize tais declarações.

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