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Khan Younis, Faixa de Gaza – Agentes armados ligados ao grupo islâmico Hamas abriram fogo contra participantes de uma manifestação promovida pela facção rival Fatah no sul da Faixa de Gaza, ontem, provocando ferimentos em quatro pessoas. Trata-se do primeiro incidente de violência interna nos territórios palestinos desde a morte de três crianças em uma chacina perpetrada na segunda-feira, informaram autoridades locais.

A manifestação organizada pela Fatah era um protesto contra o massacre. Os três meninos mortos no ataque eram filhos de Baha Musbah Baloucha, um destacado integrante dos serviços secretos leais ao presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, da Fatah.

Líderes da Fatah acusam o Hamas de envolvimento no ataque contra as crianças. Saleh Hammad, um líder local da Fatah, disse que o protesto de ontem foi pacífico, mas admitiu que algumas crianças provocaram agentes de segurança do Hamas, atirando pedras contra eles.

Islam Shawan, um porta-voz das forças de segurança do governo liderado pelo Hamas na região, negou que os agentes tenham aberto fogo contra os manifestantes em Khan Younis. Segundo ele, os alvos dos disparos foram os milicianos do Hamas, e não os participantes do protesto.

Os manifestantes dispersaram-se rapidamente. Segundo médicos, as quatro pessoas feridas sofreram apenas escoriações superficiais. O incidente de ontem alimenta temores de que a chacina de ontem resulte uma guerra civil palestina.

Sobrevivente

Uma sobrinha de Baloucha, Lydia, de 6 anos, que estava no carro com os três primos na hora do ataque que os matou, conseguiu sobreviver ao massacre que também causou a morte do motorista do veículo. Quando o tiroteio começou, Lydia, que estava ao lado do primo que levou10 tiros na cabeça, se agachou. Surpreendentemente, ela sofreu apenas alguns arranhões. "Logo depois me disseram que ela estava morta. Mal pude acreditar quando a vi", disse Reed, a mãe de Lydia.

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