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Dezoito mortes foram confirmadas depois de atentado suicida | AFP
Dezoito mortes foram confirmadas depois de atentado suicida| Foto: AFP

O presidente russo, Dmitry Medvedev, exigiu nesta sexta-feira ações duras contra os militantes islâmicos, após um atentado suicida que matou pelo menos 18 pessoas. Ao mesmo tempo, um líder insurgente prometeu mais ataques fora das regiões muçulmanas da Rússia.

As declarações de Medvedev e do líder rebelde checheno Doku Umarov, que falou num vídeo divulgado pela internet, salientam o confronto entre o Kremlin e insurgentes islâmicos que se dizem determinados a derrubar a Rússia.

"Não deve haver cerimônia com os bandidos: eles devem ser destruídos", disse Medvedev a analistas políticos russos e estrangeiros num fórum na cidade de Yaroslavl.

Ele falou enquanto pessoas enlutadas deixavam flores junto às barreiras policiais colocadas na porta do mercado de Vladikavkaz, capital da Ossétia do Norte, onde as autoridades dizem que um militante detonou na quinta-feira uma poderosa bomba, misturada a parafusos e rolamentos para aumentar seu impacto.

Um ferido morreu durante a noite no hospital, segundo autoridades locais, elevando a 18 o total de mortos (incluindo o homem-bomba). Mais de cem pessoas continuam hospitalizadas, das quais 11 foram transferidas para Moscou.

O atentado representa mais um golpe para o Kremlin, que luta para conter uma onda de insurgência islâmica no norte do Cáucaso, uma região de províncias pobres, etnicamente divididas, no extremo sul do país.

No vídeo com as novas ameaças, datado de setembro de 2010 e divulgado pelo site rebelde www.kavkazcenter.com, Umarov aparece sentado no chão, em local não especificado, e usando uma roupa camuflada. Ele conclama seus seguidores a "levar a 'jihad' além das fronteiras do Cáucaso" para "abater a Rússia em seu covil".

A mensagem, por ocasião do fim do mês islâmico do Ramadã, é dirigida a militantes das regiões russas do Tatarstão e Bashokortostão, áreas muçulmanas na Rússia central, onde há pouquíssima violência religiosa.

Umarov promete repetidamente realizar ataques no coração da Rússia. Ele assumiu a responsabilidade pelo duplo atentado suicida que matou 40 pessoas no metrô de Moscou em março, o que as autoridades locais atribuíram a militantes do Cáucaso.

Os militantes, cuja campanha contra as autoridades russas remonta às guerras pós-soviéticas entre as forças federais e separatistas chechenos, já atacaram fora das áreas muçulmanas diversas vezes.

A Ossétia do Norte, uma região de maioria ortodoxa russa, está comprimida entre as regiões muçulmanas da Chechênia, Inguchétia, Daguestão e Kabardino-Balkária, onde a violência ligada à insurgência faz vítimas diariamente.

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