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O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Lopez (ao centro) fala em coletiva de imprensa em Caracas ao lado de membros do Exército para anunciar apoio a Nicolás Maduro, 24 de janeiro |  LUIS ROBAYO / AFP
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Lopez (ao centro) fala em coletiva de imprensa em Caracas ao lado de membros do Exército para anunciar apoio a Nicolás Maduro, 24 de janeiro| Foto:  LUIS ROBAYO / AFP

Após o presidente do Parlamento, Juan Guaidó, se autoproclamar presidente interino do país, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse nesta quinta-feira (24) que Nicolás Maduro é o “presidente legítimo” do país e que a oposição está dando um golpe de estado.

Padrino disse que os Estados Unidos e outros governos estão efetuando uma guerra econômica contra a Venezuela, nação com as maiores reservas de petróleo do mundo. 

"Alerto o povo da Venezuela que se está efetuando um golpe de Estado contra a institucionalidade, contra a democracia, contra nossa Constituição, contra o presidente Nicolás Maduro, presidente legítimo", afirmou, ao lado de membros da cúpula militar. 

Mais cedo, oito generais que comandam regiões estratégicas do país ratificaram sua "lealdade e subordinação absoluta" a Maduro, em mensagens divulgadas pela televisão estatal. 

"Leais sempre, traidores nunca", disseram alguns ao final de suas intervenções, permeadas por menções ao falecido líder socialista Hugo Chávez (1999-2013): "Chávez vive, a pátria continua". 

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Sob Hugo Chávez (1954-2013), que era militar, e depois sob Maduro, o número de generais na Venezuela se multiplicou - hoje superam 2.000, mais do que os 900 que têm os EUA, segundo contabilizou a revista Economist. 

Os militares também ocuparam postos e funções importantes no governo e nas empresas estatais. 

Também nesta quinta, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse ter considerado as declarações de Donald Trump sobre a Venezuela "chocantes" e que as democracias precisam respeitar o resultado de eleições. 

Erdogan disse que acredita que o povo venezuelano continuará apoiando Maduro e que é "impossível" para a Turquia aprovar "o que está acontecendo na Venezuela". 

Na quarta (23), logo o presidente americano afirmou que os EUA reconheciam em Guaidó o presidente interino da Venezuela, dando início a um efeito dominó. Brasil, Colômbia, Equador, Costa Rica, Argentina, Chile, Paraguai e Guatemala são alguns países que também reconheceram a autoproclamação do chefe do Parlamento venezuelano.

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