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Presidente da Argentina, Mauricio Macri, discursa durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), 24 de setembro de 2019
Presidente da Argentina, Mauricio Macri, discursa durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), 24 de setembro de 2019| Foto: Johannes EISELE / AFP

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, realizou uma defesa do multilateralismo e da cooperação internacional, em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira (24). Em sua fala, Macri lembrou o acordo comercial fechado pelo Mercosul com a União Europeia, destacando a iniciativa como "sem precedentes para os dois lados". Ainda segundo ele, o bloco comercial sul-americano "agora é moderno e aberto ao mundo".

Macri disse que, num momento de fragmentação global, gostaria de defender uma maior cooperação, "mais e melhor multilateralismo". De acordo com ele, houve mudanças para que o Mercosul passasse a ser "um bloco competitivo e dinâmico".

Em sua fala, Macri também comentou o quadro na Venezuela, que segundo ele vive uma "crise humanitária sem precedentes" graças à "ditadura" do presidente Nicolás Maduro. "Devemos usar todas as ferramentas jurídicas e diplomáticas disponíveis com a Venezuela", defendeu.

O líder argentino comentou que faltava "poucos meses antes de terminar meu primeiro mandato". Candidato à reeleição, Macri trava uma disputa dura e o favorito na disputa do primeiro turno marcado para 24 de novembro é o oposicionista Alberto Fernández. Macri admitiu que o país vive uma situação complexa e disse que sua prioridade é lidar com o quadro, mas aproveitou o evento da ONU para enviar a mensagem da Argentina ao mundo.

Macri voltou a lembrar o atentado de 1994 ocorrido no prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). Ele disse que o país ainda deseja punir os responsáveis e pediu ao Irã que coopere na investigação. Há suspeitas de Buenos Aires de que o país persa estaria envolvido no episódio, o que Teerã sempre negou.

O presidente argentino também voltou a lembrar da questão das Ilhas Malvinas, reivindicadas pelos argentinos, mas que o Reino Unido considera seu território. Após a Guerra das Malvinas (1982), os britânicos têm mantido esse controle. "Queremos retomar as negociações bilaterais" sobre o tema, disse Macri, que de qualquer modo elogiou o "novo marco de relacionamento" atual com os britânicos.

Macri também disse que a Argentina renova seu compromisso na luta contra a mudança climática, está consciente dos desafios nessa seara e pretende respeitar o Acordo de Paris.

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