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Decisão da chanceler Angela Merkel está ligada ao desempenho ruim do partido nas eleições estaduais em Hasse e na Baviera | Krisztian Bocsi/Bloomberg
Decisão da chanceler Angela Merkel está ligada ao desempenho ruim do partido nas eleições estaduais em Hasse e na Baviera| Foto: Krisztian Bocsi/Bloomberg

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou na segunda-feira (29) que está pronta para entregar a liderança de seu Partido Democrata Cristão (CDU) ainda este ano, de acordo com reportagens da imprensa alemã, que citam fontes próximas a ela.

Merkel é presidente da CDU desde 2000 e, embora sua saída não resulte automaticamente em sua renúncia como chanceler alemã, o movimento é um reconhecimento de sua posição cada vez mais frágil. Uma nova eleição no partido deve ocorrer em dezembro, segundo informou o jornal The Guardian.

A própria Merkel disse no passado que o cargo de chanceler deveria ser ocupado pelo líder do partido no poder, mas de acordo com a rádio pública alemã, Merkel quer continuar no cargo mesmo depois de entregar a liderança do partido. 

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O antecessor de Merkel, Gerhard Schröder, renunciou ao cargo de líder de seu partido em fevereiro de 2004, mas permaneceu como chanceler até novembro do ano seguinte.

O anúncio acontece um dia depois que seu partido sofreu perdas enormes durante as eleições regionais no estado de Hesse, que há muito tempo é um indicador da nação. A eleição para o parlamento estadual em Hesse – onde fica Frankfurt, o coração das finanças alemãs – deu à CDU de Merkel, que é de centro-direita, 27% dos votos, segundo projeções baseadas em resultados parciais na noite de domingo. 

O resultado foi bom o suficiente para o partido garantir o primeiro lugar, mas mesmo assim, ele perdeu 11% dos votos quando comparado à última votação do estado, em 2013, e representa o pior desempenho do partido em mais de meio século. O líder do partido no estado, Volker Bouffier, disse que o resultado é "muito humilhante". 

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Apoiados pelo parceiro de coalizão de Merkel, os social-democratas de centro-esquerda (SPD) também despencaram, caindo de 31% para 20% – uma baixa não vista em 72 anos. O fraco desempenho dos social-democratas nas eleições regionais deste ano em Hesse e na Baviera aumentou a pressão sobre a liderança nacional para forçar Merkel a fazer mais concessões.

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