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Rodolfo Rodriguez foi atacado por um grupo enquanto caminhava em um subúrbio de Los Angeles | Reprodução/Twitter KTLA
Rodolfo Rodriguez foi atacado por um grupo enquanto caminhava em um subúrbio de Los Angeles| Foto: Reprodução/Twitter KTLA

Rodolfo Rodriguez, um mexicano com quase 92 anos de idade, foi atacado por um grupo de pessoas em Willowbrook, um subúrbio de Los Angeles, quando passeava durante as comemorações de 4 de julho, a data em que os americanos celebram a independência. Uma mulher o atingiu com um bloco de concreto, enquanto gritava: “volte para o seu país, volte para o México”, disse Misbel Borjas, testemunha do caso, à CNN.

Nossas convicções:  ï»¿A dignidade da pessoa humana

Rodriguez disse que não se lembra quando a mulher pegou o bloco de concreto, mas lembra que foi atingido repetidamente. Em certo momento, disse ele, a mulher correu em direção a um grupo de homens que estava por perto e disse que Rodriguez estava tentando pegar a sua filha. Os homens se uniram a ela e começaram a chutá-lo, enquanto ele sangrava na calçada.

“Isto não é verdade”, disse ele em meio às lágrimas. “Em minha vida toda, nunca ofendi ninguém”. Ele estava visitando Erik Mendoza, seu neto. Ele costuma fazer essa viagem pelo menos duas vezes por ano. “Todo mundo o conhece na vizinhança”, disse Mendoza. 

O neto disse que Rodriguez teve a mandíbula quebrada, duas costelas quebradas e contusões no rosto, nas costas e no abdômen. Até a noite de terça-feira, a polícia de Los Angeles continuava investigando o caso e não tinha prendido ninguém.

Crise na política migratória 

O ataque é mais um reflexo dos problemas relacionados à imigração nos Estados Unidos. No mês passado, após forte pressão pública e política, o governo Trump teve de voltar atrás na política de separar as famílias de imigrantes que chegavam aos Estados Unidos para pedir asilo. 

Nessa terça, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a sua política de "fronteiras fortes", insistindo que a solução para o problema é que "as pessoas não venham ao meu país ilegalmente". Ele deseja aprovar uma reforma migratória, que inclua a construção de um muro na fronteira com o México, mas não tem apoio da oposição do Partido Democrata no Congresso para isso. 

Acordo de bastidores 

E, enquanto Trump regularmente repreende o México por "não fazer nada" para impedir a migração ilegal, nos bastidores, os dois governos estão negociando um acordo que poderia reduzir drasticamente o fluxo de migração. 

A proposta, conhecida como "acordo de país terceiro seguro", potencialmente exigiria que os requerentes de asilo em trânsito pelo México solicitassem proteção nesse país e não nos Estados Unidos. Permitiria que os guardas de fronteira dos EUA recusassem os requerentes de asilo nas fronteiras e fizessem com que eles voltassem ao México. 

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Autoridades norte-americanas acreditam que esse tipo de acordo desencorajaria muitas famílias centro-americanas de tentar chegar aos Estados Unidos. 

Os números crescentes de migrantes de El Salvador, Guatemala e Honduras sobrecarregaram os tribunais de imigração dos Estados Unidos e dificultam a capacidade do governo americano em detê-los. O governo Trump diz que a maioria está procurando emprego - em vez de fugir da perseguição - e está aproveitando a generosidade americana para entrar no país e evitar a deportação.

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