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Quatorze pessoas mortas na sexta-feira em uma festa familiar de aniversário foram veladas no domingo em Ciudad Juárez, cidade que está no epicentro da violência do narcotráfico no México.

Parentes e amigos choravam sobre os caixões abertos das vítimas - a mais jovem delas tinha 14 anos - após a segunda chacina em uma festa neste mês na cidade, que faz fronteira com os EUA.

"Isso não pode estar acontecendo. Hoje eles foram mortos, amanhã quem será?", disse uma mulher que se identificou como Miriam, irmã de uma das vítimas.

Em Tijuana, também na fronteira com os EUA, 13 pessoas foram mortas no domingo em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, segundo a polícia.

No Estado de Coahuila, também no norte do México, duas mulheres e um adolescente foram mortos por balas perdidas no domingo, durante um tiroteio entre pistoleiros não identificados, segundo autoridades.

Quase 7 mil pessoas já morreram em Ciudad Juárez desde o começo de 2008 por causa da violência envolvendo o narcotráfico, e mais de 200 mil habitantes - de um total de 1,5 milhão - já fugiram de lá.

As matanças aumentam a pressão sobre o presidente do México, Felipe Calderón, que enfrenta fortes críticas no país por sua guerra contra o narcotráfico em Ciudad Juárez, por considerarem que essa iniciativa fracassou e provocou mais violência.

Calderón enviou mais de 10 mil soldados e a polícia federal para Ciudad Juárez em 2008 para combater os cartéis, mas depois disso as matanças aumentaram e mesmo a substituição das tropas pela polícia federal teve pouco impacto.

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