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O presidente de Mianmar, Thein Sein, declarou estado de exceção em partes da região central do país após uma série de confrontos entre grupos muçulmanos e budistas, que deixaram pelo menos 20 mortos nesta sexta-feira (22).

Em comunicado, o governo afirmou que a regra é válida nas regiões de Meiktila, Wandwin, Mahlaing e Thazi, as mais afetadas pelo confronto. A medida sai após o governo tentar impor um toque de recolher, que não teve resultado.

O conflito sectário começou em Meiktila na última quarta, quando os donos muçulmanos de uma loja de ouro começaram a discutir com clientes budistas. A briga foi o estopim para uma série de confrontos entre ambas as comunidades.

Até o momento, cinco mesquitas foram incendiadas, além de uma madraçal, um escritório governamental, lojas de comércios e inúmeros veículos. Por conta da violência, pelo menos 1.200 famílias muçulmanas abandonaram Meiktila nesta sexta.

As autoridades temem que os distúrbios avancem para outras partes do país, já que, no último ano, 163 pessoas morreram e mais de 100 mil acabaram em campos de refugiados devido aos violentos confrontos mantidos entre muçulmanos e budistas no estado de Rakhine.

A maioria das pessoas amparadas em campos de refugiados em Rakhine pertence à etnia rohingya, muçulmanos de origem bengali que o Governo de Mianmar (antiga Birmânia) e o de Bangladesh não consideram cidadãos de seus respectivos países.

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