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Ao ser interrompido em um discurso, o presidente Barack Obama costuma esperar o manifestante terminar e, com bom humor, segue em frente. A primeira-dama americana, no entanto, parece ter o pavio mais curto do que o marido. Na noite de terça-feira (4), durante um evento para levantar fundos para o Partido Democrata em Washington, Michelle Obama não só encarou a manifestante como ameaçou se retirar do palco.

Michelle estava no meio de sua palestra de 20 minutos, quando Ellen Sturtz, do grupo GetEQUAL a interrompeu. Diante de cerca de 200 pessoas, Ellen exigia que Obama assinasse um decreto impedindo empresas ligadas ao governo de discriminarem empregados baseadas na orientação sexual ou gênero.

Ao contrário de Obama, que muitas vezes tenta responder cordialmente ao manifestante ou fazer uma piada, Michelle partiu para o confronto. Deixou o púlpito e foi na direção da manifestante.

"Essa é uma das coisas que eu não sei fazer direito", disse a primeira-dama. "Você pode me escutar ou pegar o microfone, mas eu estou indo embora. Vocês decidem", acrescentou para a plateia.

O público ficou ao lado de Michelle, e Ellen foi retirada do recinto. A primeira-dama voltou, então, ao discurso, do ponto onde tinha parado.

Em uma entrevista ao site "Huffington Post", Ellen se mostrou surpresa com a reação do público e cobrou maior atuação do governo para a questão dos direitos dos homossexuais.

"A primeira-dama me pediu para ficar quieta, mas não posso continuar em silêncio", disse Ellen, de 56 anos, acrescentando que há cinco anos ativistas pedem que Obama assine o decreto. "Quanto tempo mais teremos que esperar?"

No ano passado, Obama se manifestou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas deixou para o Congresso um assunto que divide os americanos.

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