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Em quase dois meses de governo, Javier Milei já apresentou diversos projetos de reformas na Argentina
Em quase dois meses de governo, Javier Milei já apresentou diversos projetos de reformas na Argentina| Foto: EFE/Enrique García Medina

A Argentina criará uma procuradoria especial para investigar possíveis casos de corrupção entre funcionários públicos, antecipou nesta quinta-feira (25) o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa diária na Casa Rosada, sede do governo.

Segundo Adorni, o ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, vai sugerir imediatamente ao procurador-geral, Eduardo Casal, a criação de uma procuradoria para investigar a corrupção de funcionários públicos, especialmente nos casos de enriquecimento ilícito e aumentos patrimoniais injustificados.

“Vamos recuperar todos os bens que sejam produto do crime”, disse o porta-voz presidencial, que explicou que as investigações podem abranger todos os funcionários públicos nacionais e provinciais, bem como os poderes Executivo e Legislativo. “O crime nunca pode produzir qualquer tipo de benefício”, afirmou ainda Adorni.

O próprio Libarona reconheceu em meados deste mês, em entrevista a uma emissora de rádio argentina, que o objetivo da procuradoria especial será acabar com a impunidade e “perseguir mais do que ninguém” os crimes de corrupção de funcionários públicos.

“A questão da corrupção é uma prioridade”, disse o ministro da Justiça, que esclareceu que o novo órgão judicial funcionará sob a órbita do Ministério Público.

Atualmente, a Argentina conta com um Gabinete Anticorrupção dependente do Ministério da Justiça, criado em 1999 durante a presidência de Fernando de la Rúa (1999-2001), já falecido.

Este gabinete é responsável por assegurar a prevenção e investigação de comportamentos corruptos na administração pública. Desde então, o órgão já atuou em casos que afetaram vários ex-presidentes e funcionários públicos.

Os mais notórios foram os que envolveram a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), condenada em dezembro de 2022 pela Justiça argentina por ter cometido “corrupção estatal sem precedentes”, sentença da qual recorreu, e que responde ainda a vários processos pendentes. A figura da ex-presidente e seu destino judicial foram questões que causaram aguda polarização política nas recentes campanhas eleitorais do país vizinho. (Com Agência EFE)

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