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Um suposto militante da Al-Qaeda preso recentemente no Iraque disse que havia sugerido à organização realizar ataques contra os torcedores e as seleções da Dinamarca e Holanda na Copa do Mundo da África do Sul, para vingar insultos contra o profeta Maomé.

Abdullah Azzam al-Qahtani, que segundo as autoridades iraquianas é cidadão saudita, disse em entrevista transmitida na quarta-feira pela TV Al Hurra, financiada pelos EUA, que o ataque à Copa foi "uma ideia".

"Se os dinamarqueses e holandeses se classificarem para a Copa do Mundo, podemos atacá-los, ou durante as eliminatórias", disse Qahtani, que aparece com uniforme vermelho de presidiário, num breve trecho da entrevista exibido pela Al Hurra.

"Foi uma ideia de um complô. Não havia detalhes, porque não sabíamos o que aconteceria no terreno. Poderíamos usar bombas ou armas para atacar os torcedores dos times dinamarquês e holandês."

A emissora disse que a motivação seria vingar caricaturas publicadas na Dinamarca ironizando o profeta Maomé, e as declarações do político holandês Geert Wilders de que o Alcorão provoca violência.

A polícia sul-africana afirmou na quarta-feira que tem condições de garantir a segurança de todas as seleções e de todos os torcedores que forem à Copa, de 11 de junho a 11 de julho.

Ao saber do plano, a chancelaria holandesa disse estar preparando um alerta de "ameaça terrorista" para o torneio.

Qahtani foi preso em 3 de maio, mas o fato só foi anunciado na segunda-feira. Na ocasião, o militante foi descrito como um ex-tenente do Exército saudita, que estaria preparando atentados contra mesquitas xiitas em Najaf e Kerbala.

"Ele estava planejando um ato terrorista na África do Sul durante a Copa do Mundo, com base em planos emitidos pela central da organização terrorista Al-Qaeda, em coordenação com o primeiro-assistente de Osama bin Laden, Ayman al Zawahri."

As autoridades sauditas não confirmaram se o homem preso em Bagdá é de fato cidadão do país. Mas há registros de que um militar do mesmo nome viajou de férias há seis anos e nunca voltou.

A Al Hurra disse que documentos e anotações de Qahtani relativas ao atentado na Copa foram achados na mesma casa em que dois dirigentes da Al-Qaeda foram mortos, e que Qahtani estava à espera de autorização da cúpula da Al-Qaeda para executar o plano.

O dirigente máximo da Al-Qaeda no Iraque, Abu Ayyub al-Masri, e Abu Omar al-Baghdadi, suposto chefe da sua afiliada local, o Estado Islâmico do Iraque, foram mortos numa ação militar na zona norte de Bagdá no mês passado.

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