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Santiago – A divisão entre os chilenos sobre o legado do general Augusto Pinochet veio à tona ontem, em seu funeral, quando seus partidários atacaram verbalmente a ministra da Defesa do país, Viviane Blanlot, cujo governo negou ao ex-ditador honras de Estado.

Cerca de 60 mil pessoas passaram pelo caixão com o corpo de Pinochet na Academia Militar de Santiago, na segunda-feira e ontem. A ministra foi copiosamente vaiada quando chegou como a única representante do governo ao funeral militar do general.

Gritos

"Vá embora, vá embora!", gritavam pessoas no velório, irritadas pelo fato de o governo da presidente Michele Bachelet – uma socialista que também foi presa e exilada no regime Pinochet – ter negado a ele um funeral de chefe de Estado. Bachelet também recusou-se a declarar luto oficial, como é praxe após a morte de ex-presidentes. Blanlot permaneceu em silêncio, atrás de comandantes militares. Apenas a filha mais nova de Pinochet, Jacqueline, quebrou a tensão ao apertar a mão de Blanlot no momento da confraternização, durante a missa de exéquias.

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