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A Coreia do Norte posicionou o que se supõe ser um míssil balístico de longo alcance na plataforma de lançamento, aparentemente preparando-o para ser disparado, disse uma autoridade dos Estados Unidos nesta quarta-feira (25).

"É possível que isso sinalize um lançamento iminente, mas o momento exato continua indeterminado", declarou a fonte à Reuters.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que o lançamento de um míssil norte-coreano seria uma ação 'provocativa' e teria consequências. "Já deixamos muito claro que os norte-coreanos seguem este caminho a um custo e com consequências sobre as negociações de seis partes, que nós gostaríamos que fossem retomadas e avancem o mais rápido possível", advertiu.

A fonte alertou que é difícil avaliar as reais intenções da Coreia do Norte ao colocar o míssil na sua base da localidade de Musudan-ri (leste), que já foi usada para testes anteriores com mísseis. "Eles também podem decidir tirar da tomada", afirmou.

Outra fonte norte-americana disse, também sob anonimato, que a Coreia do Norte já montou dois estágios do que deve ser um foguete de três estágios.

Pyongyang diz que pretende lançar um satélite entre os dias 4 e 8 de abril. Os EUA e seus aliados da Ásia temem que na verdade isso oculte um teste com o míssil de longo alcance Taepodong-2, supostamente capaz de atingir o Alasca.

Sanções da ONU por causa de um teste anterior em 2006 proíbem a Coreia do Norte de realizar testes com mísseis balísticos.

A Coreia do Norte informou a entidades internacionais sobre a trajetória planejada para o foguete, que passaria sobre o Japão, deixando cair seus estágios a leste e oeste do arquipélago.

Analistas dizem que esse aviso ajuda o Norte a argumentar que o lançamento do foguete não viola as sanções da ONU. Pyongyang alerta ter direito a um programa espacial pacífico.

"Embora os norte-coreanos tenham feito uma declaração pública de que se trata de um lançamento espacial, seria uma violação da resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU", disse o assessor de imprensa do Pentágono, Geoff Morrell. "Portanto, naturalmente nos oporíamos."

Ele não quis dizer se os EUA planejam alguma contra-ação militar. Pyongyang diz que o eventual abate do foguete seria encarado como um ato de guerra.

O almirante Timothy Keating, chefe do Comando Pacífico dos EUA, disse que os militares norte-americanos poderiam com "alta probabilidade" interceptar um míssil norte-coreano que se dirija para o território norte-americano, caso recebam ordens nesse sentido.

Analistas afirmam, porém, que dificilmente os EUA tentarão abater o foguete, o que poderia complicar as já paralisadas negociações diplomáticas para o fim do programa nuclear do país comunista.

Especialistas afirmam que a Coreia do Norte precisaria de 7 a 10 dias de preparativos depois de colocar o foguete na plataforma. Ele ficaria visível a satélites de espionagem depois de ser levado da fábrica para a plataforma.

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