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xi jinping
O presidente da China, Xi Jinping, em visita a hospital de Wuhan.| Foto: Xie Huanchi/Xinhua/AFP

O estado americano de Missouri está processando o governo chinês e o Partido Comunista da China pela forma como lidaram com a epidemia do novo coronavírus, informou nesta terça-feira (21) Eric Schmitt, procurador-geral do estado. Ele alega que as ações do governo e instituições chinesas para suprimir informações, prender denunciantes e negar a natureza contagiosa da Covid-19 levaram à perda de vidas e graves consequências econômicas no Missouri.

"A Covid-19 causou danos irreparáveis ​​a países em todo o mundo, causando doenças, morte, perturbações econômicas e sofrimento humano. No Missouri, o impacto do vírus é muito real – milhares foram infectados e muitos morreram, famílias foram separadas de entes queridos que estão doentes, pequenas empresas estão fechando suas portas e aqueles que vivem de salário em salário estão lutando para colocar comida em sua mesa", afirmou Schmitt.

O procurador-geral do estado também disse que governo chinês mentiu ao mundo sobre o perigo e a natureza contagiosa da Covid-19, silenciou os denunciantes e pouco fez para impedir a propagação da doença. "Eles devem ser responsabilizados por suas ações". O processo está tramitando na justiça federal dos EUA, no distrito leste do Missouri.

Até 21 de abril, o estado havia registrado quase 6 mil infecções e 189 mortes pela Covid-19, segundo informações do departamento de saúde estadual. Antes da pandemia, o Missouri estava registrando uma das menores taxas de desemprego em uma década.

Alguns especialistas afirmam que há baixa probabilidade de que a justiça americana aceite a ação. Chimène Keitner, professora de direito internacional da Universidade da Califórnia na Faculdade de Direito de Hastings, escreveu recentemente que a lei americana de Imunidade Soberana Estrangeira proíbe ações judiciais contra outros países, com poucas exceções que, segundo ela, não se aplicam neste caso.

Alguns congressistas republicanos, porém, já sinalizaram sua intenção de alterar a lei para permitir ações judiciais contra outros países que "façam uso de armas biológicas" ou que enganem e cometam falhas durante emergências de saúde pública.

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