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Um juiz de Nova York rejeitou nesta terça-feira (1º) uma moção de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), para anular uma ação legal da camareira de hotel que o acusou de abuso sexual, permitindo que o processo siga adiante.

Douglas McKeon, juiz da Suprema Corte do Bronx, rejeitou o argumento de Strauss-Kahn de que ele usufruía de imunidade diplomática na ocasião do encontro, em 14 de maio de 2011, com Nafissatou Diallo, camareira do Hotel Sofitel, no centro de Manhattan. Diallo o acusou de forçá-la a fazer sexo oral, enquanto Strauss-Kahn sustenta que o incidente foi consensual.

Chamando de "desesperada" a tentativa de garantir imunidade do processo, McKeon determinou que a demissão voluntária de Strauss-Kahn de seu posto dias após sua prisão encerrou qualquer imunidade que ele pudesse ter desfrutado.

O escândalo, que rendeu manchetes em todo o mundo, arruinou a expectativa de Strauss-Kahn de concorrer à presidência da França este ano.

Os promotores de Nova York descartaram a acusação criminal contra ele em agosto, dizendo não estarem mais convencidos da credibilidade de Diallo depois de ela mudar várias vezes seu relato do que fez nos momentos seguintes ao incidente.

Em sua decisão, McKeon concordou com os advogados de Diallo que a incapacidade de Strauss-Kahn corroborar sua imunidade na ocasião do indiciamento criminal minou sua reivindicação.

"Se o senhor Strauss-Kahn tivesse direito a imunidade absoluta, como sustenta, houve ampla oportunidade de corroborá-la antes", escreveu McKeon. "O senhor Strauss-Kahn não pode se abster da imunidade em um esforço de limpar seu nome somente para em seguida reclamá-la para negar a oportunidade da senhorita Diallo limpar o seu".

Douglas Wigdor, um dos advogados de Diallo, disse em um comunicado que eles estão "extremamente satisfeitos" com a deliberação.

"Temos dito todo o tempo que o pedido desesperado de imunidade de Strauss Kahn era uma tática para atrasar os procedimentos, e agora esperamos pode responsabilizá-lo pelo brutal abuso sexual que ele cometeu", declarou.

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