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Presidente Evo Morales (esq.) recebe aplausos de Fernando Lugo (dir.) ao receber homenagem durante as comemorações do 74º aniversário da Guerra do Chaco, em Assunção | Norberto Duarte / AFP Photo
Presidente Evo Morales (esq.) recebe aplausos de Fernando Lugo (dir.) ao receber homenagem durante as comemorações do 74º aniversário da Guerra do Chaco, em Assunção| Foto: Norberto Duarte / AFP Photo

Os presidentes da Bolívia e do Paraguai, Evo Morales e Fernando Lugo, comemoraram nesta sexta-feira (12) o aniversário de 74 anos do fim da guerra entre os dois países. Morales, ao falar na praça "Heroes del Chaco", na pequena e distante cidade paraguaia de Mariscal Estigarribia, a 700 quilômetros de Assunção, afirmou que a Guerra do Chaco (1932-1935) foi tramada pelos "interesses do império norte-americano, como também da Grã-Bretanha e das suas transnacionais, que vinham disputar nossos recursos naturais". "Eram empresas petroleiras que levaram dois países irmãos ao confronto, que deixou tantos mortos e feridos", disse o mandatário boliviano.

Lugo, após elogiar a paz entre os dois países, disse que "hoje não existe nenhuma possibilidade de conflito entre nossos países e a soberania não será ameaçada por forças estrangeiras transnacionais e nem de terceiros países".

Morales viajou hoje ao interior do Paraguai, após chegar de Havana, em Cuba, onde teve uma reunião com o ex-presidente cubano Fidel Castro.

A Bolívia e o Paraguai estiveram em guerra pela posse do inóspito território do Chaco Boreal, de 1932 a 12 de junho de 1935, quando as hostilidades foram interrompidas por um cessar-fogo, acatando a recomendação de um grupo de chanceleres regionais reunido em Buenos Aires. Cerca de 95 mil soldados dos dois países morreram de malária e nas batalhas, ou foram declarados desaparecidos, no maior conflito armado da América Latina no século XX. Mais tarde a Bolívia reconheceu a soberania do Paraguai sobre a maior parte do território disputado.

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